Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gislon, Giórgio Zimann |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17324
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Resumo: |
Nesta tese, descrevemos e discutimos o teatro do grupo alemão Rimini Protokoll com o foco nos procedimentos de criar montagens com performers não profissionais atuando em nome próprio e de criar montagens com mecanismos para interação direta de participantes. Para embasar a discussão, o teatro documentário contemporâneo do Rimini Protokoll é comparado com o teatro épico alemão dos anos 1930. A partir de uma perspectiva que considera os dramas documentários de Erwin Piscator, junto com os dramas épicos e as peças didáticas de Bertolt Brecht, parte do projeto amplo de teatro épico, teorizado por Brecht. Assim, a hipótese central de análise é que os procedimentos, de colocar em cena performers não profissionais e de criar mecanismos para interação de participantes, são uma variação de teatro épico frente às exigências colocadas pelo processo sócio-histórico de crise da representação. Dessa maneira, a comparação entre o teatro de Piscator e Brecht e o teatro do Rimini Protokoll é feita a partir da constatação dos deslocamentos da perspectiva de criação artística do experimento sociológico (BRECHT, 1978a) para o experimento antropológico (FOSTER, 2017), bem como da tomada de partido para a tomada de posição (DIDI-HUBERMAN, 2017). Dessa forma, a relação com o saber sobre a sociedade se distancia da posição de ter certezas a ensinar, como é o discurso do mestre, e se aproxima da de desejo pelo saber, relacionada com a posição discursiva do analista (LACAN, 1992). Para argumentar essa hipótese, são analisadas as montagens Davos Estado do mundo (2018), Granma. Trombones de Havana (2019) e Home visit: Brasil em casa (2017) em comparação, respectivamente, com as dramaturgias brechtianas A Santa Joana dos Matadouros (1931), A decisão (1929) e Aquele que diz sim, aquele que diz não (1930). |