Análise metagenômica da microbiota intestinal de galinhas poedeiras sob estresse calórico tratadas com melhoradores de desempenho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Camila Ceccato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18028
Resumo: Com a crescente preocupação em relação à saúde pública, este estudo teve o objetivo de caracterizar a microbiota intestinal de galinhas poedeiras tratadas e não tratadas com melhoradores de desempenho, convencionais ou não, submetidas ao estresse calórico natural. O experimento contou com galinhas poedeiras (n=140, Hy-Line Brown, 15 semanas de vida), divididas aleatoriamente em 4 grupos com 7 repetições cada: 1. Controle (C); 2. Enramicina (E); 3. Tratamento alternativo 1 (500 g/ ton de ração, T1); 4. Tratamento alternativo 2 (250 g/ ton, T2). Foram realizadas quatro coletas de swabs de cloaca em diferentes tempos: T0/Controle: início da postura; T1: pico de postura; T2: início do terceiro ciclo; T3: final do terceiro ciclo, para análise metagenômica, realizada através da amplificação do gene 16S rRNA e posterior caracterização da microbiota intestinal, através do software Mothur. Foram registradas as temperaturas máximas e mínimas diariamente. As análises estatísticas foram realizadas com o software estatístico R (versão R 3.6.0, para os índices de ACE, Shannon e nMDS) e Statistica (versão 10.0, para análise da variância). Foi observada diferença significativa de diversidade microbiológica (P=0,0304) no tempo T3, ficando superior aos demais tempos, e sem interferência quanto aos tratamentos. O gênero Enterococcus spp. foi predominante em todos os tempos e tratamentos, com 77,96% de prevalência, notável uma redução mais acentuada em T3 (P=0,00027). O gênero Corynebacterium spp., considerado patogênico, teve um aumento também em T3, de 136% em relação à T0 (P=0,00039). Não houveram diferenças significativas entre tratamentos (P=0,05). O aumento expressivo de Corynebacterium spp. possui forte relação com o estresse calórico imposto especificamente no tempo T3. Enterococcus spp. possui relação com saúde intestinal, e sua diminuição é esperada ao longo do ciclo produtivo. Em T3 houve maior diversidade microbiológica, mesmo sob estresse calórico (P=0,0304), com os tratamentos E, T1 e T2, mostrando resultados semelhantes entre si, além de T1 e T2, sugerir uma microbiota mais equilibrada. Conclui-se que os tratamentos T1 e T2 assemelham-se aos efeitos do antibiótico convencional no que se refere a microbiota intestinal.