Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Juçara Gaspar dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17419
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta relatos de três processos cênicos feministas desenvolvidos por mim, Juçara Gaspar, como atriz, diretora e encenadora em Porto Alegre e na cidade de Imbé durante os dois anos de Pandemia da Covid-19. O objetivo é, a partir da narrativa de uma história pessoal, apontar como a crise sanitária instaurada no Brasil a partir de março de 2020 impactou na vida da mulher artista no âmbito do trabalho profissional e da rotina doméstica, e considerar como o fechamento dos teatros desestabilizou não apenas nos aspectos sociais e financeiros de artistas, mas forçou a classe a criar novos formatos para as artes da cena. O texto expõe a experiência de produção e criação de um solo teatral apresentado em modo remoto, o espetáculo Mulheres Atravessadas na Garganta, elaborado a partir das minhas memórias de trechos de peças teatrais em que atuei. A peça tornou-se uma corpa desmontada e montada novamente para ser outra, numa gestação doméstica, com minha família de equipe técnica, forjando no próprio núcleo familiar, uma rede de apoio, durante uma recrudescida fase da pandemia. A dissertação apresenta o relato de procedimentos colaborativos entre mulheres do processo atualmente em germinação da peça Mulheres Imaginárias. Trata-se de uma parceria minha com a Del Puerto Cia De Flamenco, onde desenvolvo em um processo de criação colaborativa com as artistas da companhia, seu novo espetáculo que aborda as raízes flamencas pelo mundo. Pontuo procedimentos para ensaios e criação cênica no modo remoto nesse reinventar-se claustrofóbico do confinamento. Relato o terceiro trabalho que gesta uma dramaturgia feminista a partir da experiência de leitura coletiva da obra Calibã E A Bruxa, da historiadora italiana Silvia Federicci. Apresento a dramaturgia embrionária As Bruxas - Uma História das Mulheres. A pesquisa apoiou-se em obras feministas do campo da história e em referencial específico do campo do teatro feminista, da escrita f(r)iccional e performativa, assim como em textos dramatúrgicos, diários e notas de ensaios. A metodologia incluiu o meu engajamento e o entrelaçamento de uma diversidade de práticas sociais tais como práticas teatrais, criação de redes de apoio, coletivos de escrita cooperativa, clubes de leitura feminista, agrupamento para ação social e arrecadação de alimentos e roupas, feiras de microempreendedoras, ciclo de oficinas, mostra artística, horta comunitária, combate direto contra as violências cometidas contra as mulheres em ações nos municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. |