Estratégias para o aproveitamento de ligninas de Eucalyptus globulus e de brácteas de Araucaria augustifolia para produção de insumos cosméticos para tratamento de hipercromias cutâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Polesso, Camila Borges
Orientador(a): Camassola, Marli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/6802
Resumo: Existe uma grande variedade de cosméticos para o tratamento de hipercromias disponíveis no mercado; entretanto, muitos são caracterizados por serem pouco eficazes, causarem efeitos adversos e serem prejudiciais ao meio ambiente. Devido a isso, é importante estudar novas abordagens para o desenvolvimento de ativos cosméticos que possam superar os efeitos indesejados dos produtos químicos comumente utilizados nesses produtos. Na biotecnologia, existe o interesse na investigação de enzimas ligninolíticas e de suas propriedades em diversas áreas de aplicação. Algumas dessas enzimas se mostram capazes de degradar e descolorir melanina, pigmento que está fortemente presente na pele com hiperpigmentação. Neste estudo, cinco linhagens de basidiomicetos foram avaliadas quanto à produção de enzimas ligninolíticas, especialmente lacases, em cultivos submersos em frascos. As linhagens que produziram maiores atividades de lacases foram selecionadas para escalonar a produção enzimática em biorreator. As análises de degradação e descoloração da melanina, extraída de cabelo humano, por caldos enzimáticos ricos em lacases, foram realizadas, respectivamente, de forma quantitativa, por espectroscopia de fluorescência, e qualitativa, pela redução da coloração em placas de ágar e em formulação cosmética. Outrossim, resíduos agroindustriais de Araucaria angustifolia e Eucalyptus globulus foram utilizados como substratos para induzir incrementos na atividade das enzimas ligninolíticas, visto o elevado teor de lignina e, consequentemente, o conteúdo fenólico presente nesses resíduos. Assim, o caldo enzimático, rico em lacases, produzido por Marasmiellus palmivorus VE111 degradou, aproximadamente, 33% da melanina, enquanto o extrato enzimático de Pycnoporus sanguineus PR_32 degradou 13% do conteúdo de melanina, após oito horas de reação, utilizando vanilina como mediador. Além disso, a análise de espectros HSQC evidenciou o surgimento de novos sinais de regiões alifáticas e alifáticas oxigenadas após o tratamento enzimático com lacase, sugerindo uma possível clivagem da estrutura química da melanina. O presente trabalho mostrou resultados promissores para o desenvolvimento de insumos para cosméticos sustentáveis [resumo fornecido pelo autor].