Caracterização química, atividade antioxidante e antigenotóxica de extrato de brácteas de Araucaria angustifolia (Bert) O. Kuntze

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Márcia Denize Oliveira
Orientador(a): Salvador, Mirian
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/663
Resumo: Araucarea angustifolia (Bert.) O. Kuntze é uma espécie dioica, isto é, flores masculinas e femininas originam-se em árvores separadas. As flores femininas apresentam-se como estróbilo, mais conhecido como pinha. A pinha é constituída por sementes (pinhões) e brácteas (sementes não desenvolvidas), as quais apresentam elevada concentração de compostos fenólicos. Esses compostos são conhecidos por reduzir danos oxidativos a lípidos, proteínas e ácidos nucleicos, contribuindo para minimizar a incidência de doenças relacionadas com o estresse oxidativo, tais como doenças cardiovasculares, neurológicas e câncer. O objetivo deste estudo foi caracterizar quimicamente, avaliar a atividade antioxidante e antigenotóxica do extrato aquoso de brácteas de A. angustifolia. Neste trabalho, os polifenóis totais do extrato de A. angustifolia foram determinados pelo método de Folin- Ciocalteu e sua composição química foi confirmada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). O potencial do extrato para neutralizar espécies reativas foi avaliado através do ensaio com 2,2-difenil 1-picrilhidrazil (DPPH●) e pelas atividades like das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Em linhagem celular de fibroblasto de pulmão humano (MRC5), avaliou-se o efeito protetor do extrato na viabilidade celular através da redução de 3-(4,5-dimetiltiazol 2-il)-2,5difenil brometo de tetrazolina (MTT), na atividade das enzimas SOD e CAT, nos danos oxidativos a lípidos, proteínas e ácido desoxirribonucléico (DNA) (ensaio cometa alcalino e enzimático) induzidos pelo peróxido de hidrogênio (H2O2). O teor de fenólicos totais do extrato de A. angustifolia foi de 670,93 ± 17,79 mg catequina /100 g de brácteas, sendo a catequina, epicatequina, quercetina e apigenina os principais polifenóis encontrados. O extrato de A. angustifolia foi capaz de reduzir o radical DPPH● e apresentou atividade SOD e CAT-like. Além disso, o extrato de A. angustifolia nas concentrações estudadas (25 e 50 μg/mL) reduziu a mortalidade celular, danos oxidativos a lipídios, proteínas e DNA, e diminuiu a depleção das enzimas antioxidantes SOD e CAT induzida pelo H2O2 em células MRC5. Apesar de não ter sido observado correlação entre os polifenois e marcadores de danos oxidativos, verificou-se uma correlação negativa entre danos a lipídos, proteínas e ácidos nucleicos e a atividade das enzimas SOD e CAT, sugerindo que essas enzimas desempenham um importante papel na prevenção de danos ás biomoléculas. Esses resultados mostram que a A. angustifolia apresenta potencial como fonte de compostos fitoquímicos com atividade biológica relevante.