Esquemas iniciais desadaptativos e medo de dirigir em mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fiuza, William Macedo
Orientador(a): Godoy, Rossane Frizzo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/9341
Resumo: O medo de dirigir é uma condição psicológica que ocorre predominantemente em mulheres e traz prejuízos para a vida laboral e social, afetando a autonomia e autoestima. O presente estudo teve como objetivo geral investigar possíveis relações entre esquemas iniciais desadaptativos (EID's) e medo de dirigir em mulheres. Método: pesquisa com delineamento quantitativo do tipo explicativo-exploratório e transversal. As participantes foram 176 mulheres que possuem Carteira Nacional de Habilitação, do município de Caxias do Sul, sem impedimento físico para dirigir e divididas em dois grupos: 88 mulheres com medo de dirigir (Grupo I) e 88 mulheres sem medo de dirigir (Grupo II). Os instrumentos utilizados, por meio de formulário online, foram um Questionário Sociodemográfico, o Driviving Cognitions Questionnaire (DCQ) e o Inventário de Esquemas de Young ? versão breve (YSQ-S3). Os dados foram avaliados por meio de programa de análise estatística, conforme simetria ou assimetria da amostra. Houve predominância de participantes casadas, com filhos, brancas, de religião católica, com média de idade 37,19 ± 11,7 no grupo I e 36,58 ± 12,34 no grupo II. O grupo I apresentou menos tempo com a Carteira Nacional de Habilitação, maior tempo e idade para obtê-la. Ambos os grupos predominantemente possuem acesso a carro, sendo identificada maior frequência na direção e menor distância temporal da última vez que dirigiu no grupo II. O grupo II apresentou maior incidência de acidentes no trânsito e menor distância temporal do ocorrido, embora os danos físicos tenham se apresentado maiores no grupo I. A maioria das participantes com medo de dirigir possui o desejo de dirigir mais e percebe prejuízos por não dirigir, sendo que 57,9% das participantes buscaram algum tipo de auxílio. Foi possível observar diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos esquemas de abandono, desconfiança/abuso, privação emocional, isolamento social/alienação, dependência/incompetência, autocontrole/autodisciplina insuficientes, subjugação, autossacríficio e negativismo, com a média destes esquemas apresentando-se maior no grupo I. As hipóteses de que mulheres com medo de dirigir apresentam esquemas com maior valência do que mulheres sem medo de dirigir e que estes estão associados com o medo de dirigir foram confirmadas, discutindo-se as implicações desses achados. Sugere-se novos estudos que possam avaliar percepções de mulheres com medo de dirigir, complementando os pontos discutidos neste estudo. [resumo fornecido pelo autor]