Efeitos da laserterapia de baixa potência sobre o estresse oxidativo, fadiga e dano muscular induzidos pelo exercício físico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Marchi, Thiago de
Orientador(a): Salvador, Mirian
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/677
Resumo: A busca pela melhora na performance e diminuição dos danos causados pelos exercícios de alta intensidade está em evidência na literatura mundial. Nesse contexto, recursos terapêuticos como a Laserterapia de Baixa Potência (LBP) vêm sendo estudado com o objetivo de minimizar a fadiga e possíveis danos musculares. Em vista disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da LBP sobre o estresse oxidativo, a fadiga muscular, o desempenho físico em corrida de intensidade progressiva e marcadores bioquímicos de dano muscular em humanos. Para isso, foi realizado um ensaio clínico randomizado, cruzado, duplo-cego e placebo-controlado, com 22 voluntários do sexo masculino, não treinados. A aplicação do laser (810nm, 200 mW, 30 J e 30 segundos de irradiação em cada ponto de aplicação) foi realizada 5 minutos antes da execução do protocolo de exercício de intensidade progressiva, utilizando-se de um conjunto multi-diodo (cluster que possui cinco diodos de emissão de energia – 6 J de cada ponto) em 12 locais de cada membro inferior (6 no quadríceps, 4 em isquiotibiais e 2 no gasctrocnêmio). Os indivíduos seguiram um protocolo progressivo padronizado, correndo em esteira ergométrica até a exaustão. Anteriormente e posteriormente à realização do exercício, foram coletadas amostras sanguíneas destinadas à mensuração de danos oxidativos (peroxidação lipídica e proteínas carboniladas), atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (Sod) e catalase (Cat) e avaliação indireta de dano muscular pela creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH). Além disso, avaliou-se, ainda, o desempenho no protocolo de exercício (VO2 max, tempo de exaustão). Os resultados obtidos mostram que a aplicação de LBP diminuiu significativamente os danos oxidativos (peroxidação lipídica (TBARS) – p= 0,0001, proteínas carboniladas – p= 0,02), a atividade da Sod (p=0,003), da CK – p= 0,0004 e da LDH – p= 0,0002, além do aumentar o desempenho do exercício (VO2 max – p= 0,01 e o tempo total de exaustão – p= 0,04). No entanto, a atividade da Cat não mostrou alterações com a aplicação efetiva de laserterapia (p= 0,17). Assim, a aplicação de LBP antes da execução de exercícios de intensidade progressiva diminuiu o estresse oxidativo e a lesão muscular induzidos pelo exercício e aumentou o desempenho físico dos indivíduos, sugerindo que a diminuição do estresse oxidativo, pode contribuir, ao menos em parte, para a redução da fadiga muscular induzida por exercícios de intensidade progressiva.