Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Tisott, Priscíla Bresolin |
Orientador(a): |
Camargo, Maria Emilia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/11338/6221
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Resumo: |
As mudanças que ocorreram na sociedade nos últimos anos propiciaram o surgimento de uma nova forma de pensar a inovação, enfatizando o âmbito social e a multiplicidade de atores envolvidos no processo. Assim, surgiu a necessidade de se estudar a ligação entre as partes interessadas e a criação de inovação social, sobretudo no ambiente de incerteza que configura as Operações Humanitárias. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi investigar a interação entre a Teoria dos Stakeholders e a Inovação Social no âmbito das Operações Humanitárias. Para tanto, utilizou-se a metodologia com abordagem qualitativa, operacionalizada por meio de (i) entrevistas semiestruturadas em profundidade; (ii) diários de campo obtidos a partir de observação não participante e; (iii) fontes documentais. As vinte e nove entrevistas foram realizadas em quatro regiões do Estado do Rio Grande do Sul, localizado no extremo Sul do Brasil, e contemplaram representantes dos stakeholders público, privado e sociedade, cuja escolha se deu a partir do método bola de neve. O roteiro de questões utilizado nessa pesquisa teve sua construção baseada em instrumentos validados acerca de competência comunitária, resiliência, ação participativa, inovação social e tipos de operações humanitárias. As questões foram discutidas com especialistas das áreas de Gestão, Operações e Inovação Social, os quais participaram de sua adaptação validando o roteiro de questões proposto. Após a etapa de coleta de dados, as entrevistas obtidas foram transcritas, a fim de permitir sua análise por meio da análise de conteúdo e triangulação de dados. Foi possível identificar que as comunidades analisadas se organizam a partir de suas próprias competências, gerando transformação para a própria comunidade – geralmente após a ocorrência de uma problemática local. Assim, é possível entender que existe uma relação direta entre a vivência de uma problemática local e a geração de inovação social na comunidade, visto que a própria comunidade encontra meios de se reconstruir após a ocorrência de um problema de grandes proporções. Ainda, foi possível entender que a ocorrência de uma operação humanitária em uma determinada comunidade atua como força motriz da inovação social nesta, visto que as mudanças que ocorrem são - muitas vezes – entendidas como inovação social. É possível perceber o surgimento de serviços de atendimento de saúde especializados, mudanças na legislação, além de uma série de atividades de conscientização, programas e atividades de prevenção – como limpeza e assoreamento dos rios para minimizar os efeitos trazidos por enchentes, campanhas de conscientização acerca da separação do lixo em escolas e outros. Também, percebe-se que a resiliência social construída a partir das tragédias é capaz de motivar mudanças institucionais, como o surgimento de legislações e fiscalizações preventivas às tragédias. Além disso, há que se destacar a importância do suporte social que surge a partir das problemáticas – nomeadamente solidariedade afetiva. Entende-se, ainda, que a relação entre os stakeholders envolvidos gera um sentimento de comunidade e esta é capaz de ação transformadora – também entendida como inovação social. |