Acompanhamento terapêutico: estudo exploratório acerca das dificuldades de adesão aos tratamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Maickon Camelo e
Orientador(a): Cemin, Tânia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/11094
Resumo: A dependência química é um problema de saúde pública. Há uma estimativa de que sujeitos que sofrem de transtornos por uso de substâncias apresentam dificuldades ao iniciarem e de se manterem em tratamentos, apresentando elevados índices de desistência. O objetivo desta pesquisa foi analisar as contribuições do Acompanhamento Terapêutico no processo de adesão ao tratamento da dependência química. Quanto ao método, foi um estudo qualitativo-exploratório realizado com seis acompanhantes terapêuticos que tiveram pacientes com uso problemático de drogas. Como instrumento, foi utilizado uma entrevista semiestruturada com questões norteadoras. Os dados foram revisados a partir da análise de conteúdo proposta por Laville e Dionne. Os resultados da análise dos dados das seis entrevistas foram divididos em três categorias para a melhor compreensão. A categoria dimensões dificultadoras no processo de adesão foi dividida em três unidades de análise: ênfase em internações onde se tem um viés mais centrado na internação, medicalização com um respaldo maior em medicar apenas considerando que grandes doses resolvem a demanda dos pacientes e a resistência em pontos saudáveis ou não de recusa e, ao mesmo tempo possíveis sinais de dificuldade na adesão dos pacientes. A segunda categoria trata das dimensões facilitadoras no processo de adesão é dividida nas seguintes unidades de análise: vínculo estabelecido tornando possível o tratamento, setting flexível permitindo as diferentes disposições necessárias para o paciente, Ampliação da sua rede social de apoio e o Trabalho em equipe que integra as diferentes modalidades de tratamento, como o Acompanhamento Terapêutico (AT). A última categoria é a experiência e abordagem com o AT é dividida em: capacitação, percurso e forma de abordagem, observância da reforma psiquiátrica e redução de danos. Todas estas fazem parte de um melhor entender os pacientes e o oferecimento de uma melhor disposição para os tratamentos. Considera-se que a pesquisa esclarece dimensões que influenciam, em alguma medida, a adesão e precisam de uma atenção do acompanhante terapêutico e equipe para tentar reverter quaisquer dimensões dificultadoras, tendo a possibilidade até de torná-las dimensões facilitadoras. As dimensões facilitadoras também fornecem uma atualização das práticas com atuação no AT através da experiência e abordagem do acompanhante terapêutico. É pertinente o maior conhecimento não tão somente de quem pratica o AT, mas de toda a equipe para fornecer maior suporte para os tratamentos a serem realizados. Desta forma o sujeito terá o respaldo mais integral e estará dentro de suas possibilidades, potencialidades e necessidades. [resumo fornecido pelo autor]