Avaliação do desempenho de diferentes plastificantes em composições de poli (cloreto de vinila)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Guilherme Bembom dos Santos da
Orientador(a): Andrade, Mara Zeni
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/1431
Resumo: O poli(cloreto de vinila) (PVC) é um dos polímeros mais utilizados em todo o mundo, principalmente devido à sua versatilidade de propriedades. A incorporação de aditivos altera suas características finais possibilitando uma ampla gama de aplicações, desde tubos e conexões, utilizados pela construção civil, como filmes para embalagens. A adição de plastificantes em composições de PVC é comumente empregada, a fim de reduzir sua rigidez, porém o principal representante desta classe de aditivos – dioctil ftalato (DOP) – apresenta restrições legais de aplicação, devido ao seu potencial carcinogênico, segundo alguns estudos. Dois plastificantes sintéticos não ftálicos, com estruturas químicas próximas ao DOP – (2- etilhexil) ciclohexanodicarboxílico (DHEH) e diisononil-ciclohexano-1,2-carboxilato (DINCH) – e outros dois plastificantes de fonte renovável, também não ftálicos – Olvex 51 FG e Unimoll – são caracterizados química, térmica, morfológica, mecânica e fisicoquimicamente e comparados ao DOP, quanto ao seu desempenho em composições de PVC injetadas, a fim de definir critérios para a substituição do mesmo. PVC/DOP possui bandas características no espectro de FTIR em 1580 e 745 cm-1 o que caracteriza presença de ftalatos na amostra. PVC/DOP apresenta o maior desvio da banda característica de éster (entre 1680 e 1780 cm-1 ), sugerindo maior compatibilidade entre PVC e plastificante, sendo seguida por PVC/DINCH e PVC/Unimoll. PVC/Unimoll, PVC/Olvex e PVC/DINCH apresentam os maiores potenciais de plastificação, medidos pela razão entre as absorbâncias das regiões 1427 e 1435 cm-1 . As amostras PVC/DINCH e PVC/Unimoll apresentam os menores teores cristalinos (-58,9 % e -46,3%, respectivamente), indicando aumento da região amorfa destas amostras. Todas as composições apresentam uma fase contínua, o que evidencia homogeneidade e boa plastificação. PVC/DINCH, PVC/Unimoll e PVC/Olvex apresentam os menores valores de dureza Shore A, módulo elástico e tensão na ruptura. Com relação às propriedades térmicas todas as composições apresentam dois eventos de perda de massa e mesma estabilidade térmica. As composições PVC/DINCH, PVC/Olvex e PVC/Unimoll apresentam temperatura de transição vítrea (Tg) inferior a 30 °C e menores módulos de armazenamento a 30 °C. Nos ensaios de exsudação, PVC/Unimoll e PVC/Olvex tiveram apresentaram baixo rendimento, principalmente na extração com solução de água e álcool. PVC/DINCH apresenta os melhores índices na análise de desempenho, apresentando alto poder de plastificação, excelente compatibilidade e características de permanência próximas ao DOP, o que torna ele um substituto eficaz para o DOP.