Turismo e imaginário : o percurso histórico do chocolate em Gramado/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vargas, Daniela Pereira de
Orientador(a): Gastal, Susana de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/747
Resumo: O chocolate é um alimento largamente consumido em muitos países, tanto em climas quentes como frios, na forma líquida ou sólida. A sua história remonta aos povos pré-colombianos, mas, em 1527, as sementes de cacau foram levadas para a Europa. No século XIX há a criação de equipamentos para melhorar o aspecto visual e o sabor do chocolate e a abertura, na Europa, das primeiras indústrias produtoras de chocolate. No Brasil, as primeiras fábricas foram inauguradas no final do século XIX e início do século XX, por imigrantes europeus. No Sul do Brasil, a presença do chocolate de forma comercial marcante se dá na cidade de Gramado (RS), a partir de 1975, com a inauguração, no local, da primeira fábrica de chocolate caseiro. Hoje, o produto é uma das representações do município e está consolidado no imaginário das pessoas, o que se reflete na sua associação com o turismo na região. Logo, o estudo se caracteriza por seu corte qualitativo e por seu caráter exploratório, tendo por objetivo geral reconstruir o histórico da presença do chocolate em Gramado (RS) entre os anos 1975 a 2012, como produto e imaginário, na sua associação local com o turismo. Como objetivos específicos, a dissertação propôs contextualizar historicamente a presença do chocolate em Gramado (RS) e contextualizar teoricamente os imaginários no seu vínculo com o turismo no local. Como metodologia, o estudo utilizou a história oral, com apoio das pesquisas bibliográfica e documental. A pesquisa identificou que o produto surgiu de uma proposta trazida da Argentina por Jayme Prawer. Com a introdução desse produto, Gramado passa a reproduzir o imaginário argentino associado ao produto, e em torno do chocolate, um imaginário de produto sofisticado, para um consumo de elite e de produção caseira. Com o decorrer dos anos passa a construir sobre o chocolate um imaginário europeu e a trabalhá-lo na forma artesanal. No momento que adota o conceito de tematização, passa-se à presença de um imaginário disneyficado. Hoje, as duas linhas de imaginário estão fortemente presentes no chocolate de Gramado e no município: o de europeização e o de disneyficação. A pesquisa também mostrou que os imaginários do chocolate alimentam o turismo local.