A intervenção psicológica no enfrentamento da dor crônica e a vivência dos que sofrem
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ucs.br/11338/13147 |
Resumo: | Embora a dor sempre tenha feito parte da vida dos seres humanos, os estudos para sua compreensão iniciaram já na metade do século XIX. A dor é uma experiência pessoal, sensitiva e emocional desagradável, influenciada por diversos fatores, exigindo uma avaliação biopsicossocial. Quanto à temporalidade, a dor pode ser aguda ou crônica. Quando crônica, ela deixa de ser um sintoma e se torna a própria doença. A dor crônica é um problema de saúde global, afetando milhares de pessoas em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 60 milhões de pessoas sofrem com dor crônica. O aporte teórico aborda o fenômeno doloroso em todas as suas dimensionalidades, bem como sua relação com a psicologia, discorrendo sobre as contribuições das principais abordagens psicológicas no tratamento da dor. Muitos profissionais e pacientes ainda não compreendem a relação entre dor e psicologia. O objetivo geral da pesquisa é compreender como os pacientes que sofrem com dor crônica percebem a psicologia em seu tratamento. Trata-se de um estudo qualitativo exploratório. Para a coleta de dados, foram utilizados questionários, via plataforma survey monkey. O link de acesso ao questionário fora disparado, nas redes sociais, em grupos para pessoas com dores crônicas e repassados a pessoas conhecidas, que repassavam para outras, constituindo o formato bola de neve. Para garantir os critérios de inclusão, fora aplicado uma lógica de ramificação aos questionários. Para dar prosseguimento, era necessário aceitar o Termo de Consentimento Livre e esclarecido, ter dor crônica por no mínimo seis meses e ter entre 18 e 60 anos de idade. Para análise dos resultados fora utilizada a técnica proposta por Bardin (2011), sendo estabelecidas três grandes categorias, as quais foram subdivididas em subcategorias, conforme foco de análise. Entre os vinte entrevistados, dezenove afirmaram que, após o surgimento das dores, desenvolveram alguma patologia psíquica, sendo a depressão e a ansiedade as com maior prevalência. Além disso, todos os participantes apresentam algum grau de frustração e impotência. O acompanhamento psicológico é considerado fundamental para muitos dos participantes, auxiliando no processo de aceitação, no manejo e enfrentamento do dor e suas dificuldades. Conforme relato dos participantes, o acolhimento recebido pelos profissionais de saúde pode impactar positivamente no tratamento, assim como, a falta dele, pode ser um fator prejudicial. Todos os participantes acreditam que as emoções influenciam na dor, mesmo aqueles que não veem a psicologia como uma possibilidade de tratamento, seja por desconhecimento, seja por experiências passadas negativas. Visto que a educação em dor pode auxiliar na adesão aos tratamentos propostos, fora criado o projeto "Campos AcholheDores". [resumo fornecido pelo autor] |