Estudo da patogenicidade e controle biológico de fusarium sp. com trichoderma sp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pereira, Carolina de Oliveira Fialho
Orientador(a): Ribeiro, Rute Terezinha da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/678
Resumo: Os fungos fitopatogênicos pertencentes ao gênero Fusarium são conhecidos causadores de doenças de plantas em diversos hospedeiros. Dentre os quais se destaca o tomateiro, atacado pelas três raças conhecidas de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici (Fol), causadoras da murcha vascular. Para o controle dessa doença, o emprego de microrganismos, como os isolados antagonistas de Trichoderma sp. pode ser uma alternativa ao emprego de agroquímicos. No presente trabalho foi avaliada a patogenicidade de dez isolados de Fol em cultivares diferenciadoras de tomateiro, sendo que apenas quatro se mostraram patogênicos a cultivar suscetível, e nenhum deles foi diagnosticado como pertencente à raça 3. Os resultados obtidos nos testes de confronto direto com os isolados de Trichoderma sp. apresentaram alta variabilidade em relação à capacidade micoparasítica, com os melhores resultados de sobreposição para os isolados T3, T8 e T17. Nestes casos foi observada evidência de sobreposição da colônia do hospedeiro para pelo menos seis dos nove isolados antagonistas. Em relação à capacidade inibitória destes isolados, os resultados de maior inibição de crescimento da colônia do fitopatógeno foram obtidos para os isolados T2 e T3. A linhagem 34970 de Fol foi a mais resistente às ações antagonistas dos isolados de Trichoderma sp., e o isolado TO 11 sofreu as maiores médias de inibição. Em teste de produção de metabólitos voláteis somente os isolados Fusarium 23, Fusarium 27 e 34970 de Fol, foram inibidos após 120 horas de teste. No controle biológico da fusariose do tomateiro, provocada pelo isolado TO 245 de Fol, as plântulas tratadas com os isolados T6 e T17 de Trichoderma sp. apresentaram menor incidência de doença, com notas iguais a 1,25 e 0,75 respectivamente em comparação a 1,87 do grupo controle, de acordo com a escala de severidade de doença de Vakalounakis et al. (2004). Os tratamentos com os isolados T6 e T17 em substrato contaminado com o isolado 1205/2 de Fol apresentaram valor de 0,50 e 0,38, de acordo com a escala, em comparação com 0,50 do tratamento controle. As médias de alturas, comprimento e peso seco das raízes não apresentaram diferença estatística para nenhum dos tratamentos, porém o peso seco da parte aérea foi significativamente maior para as plantas tratadas com o isolado T6 em substrato infestado pelo isolado 1205/2 de Fol. Todos os isolados patogênicos pareados com as linhagens padrão dos grupos de compatibilidade vegetativa apresentaram sinais de heterocariose com a linhagem padrão 34970 correspondente ao GCV 0030, indicando uma possível similaridade genética entre os isolados utilizados.