Avaliação dos efeitos de extrato da própolis vermelha na proteção de células epiteliais e mesenquimais humanas induzidas com irradiação UVA
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ucs.br/11338/13451 |
Resumo: | A pele é um tecido exposto diretamente a fatores externos químicos e físicos que levam ao desenvolvimento de diferentes lesões cutâneas. A proteção deste tecido contra a radiação mais penetrante e deletéria, como o caso da irradiação ultravioleta do tipo A (UVA), tem sido bastante explorada na pesquisa. Além de estudos voltados a aplicações terapêuticas por meio de regeneração tecidual, formulações alternativas a base de extratos de produtos naturais surgem para auxiliar de forma preventiva o desenvolvimento de lesões de pele. A própolis vermelha é um exemplo dentre vários produtos que tem sido utilizado devido a suas propriedades biológicas antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas, angiogênicas e proliferativas. Neste contexto, é importante que os modelos de estudo que mimetizem a organização tecidual do tegumento in vitro se aproximem cada vez mais das condições in vivo. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos na viabilidade de células e morte celular programada em modelos de cultura 2D e 3D de linhagens de queratinócitos de pele (HaCat) e célulastronco mesenquimais (CTMs) previamente tratadas, após exposição a extratos da própolis vermelha e à irradiação ultravioleta tipo A. Foi avaliado o efeito protetor de extratos da própolis vermelha brasileira contra a irradiação UVA (3,4Jcm³) bem como a sua fototoxicidade em concentrações de 10, 25 e 100μg/mL durante 2 horas de tratamento. Os resultados evidenciaram que somente a concentração 100μg/mL testada apresentou efeito citotóxico para as células HaCats e CTMs. A viabilidade celular se manteve acima de 80% nas concentrações mais baixas (até 25 μg/mL) para as células testadas, em todos os períodos (24h, 72h e 168h) de análise. As culturas 3D de ambas as linhagens apresentaram uma resistência maior à morte celular em todas as condições testadas quando comparadas com as culturas 2D e aos controles. Os resultados fornecem evidências de que o uso dos extratos da própolis vermelha favorece as linhagens e modelos testados. É possível que o aumento da porcentagem de células que sobrevivem após a exposição à irradiação UVA neste estudo se reflete a indução da proliferação celular, já que o número de células apoptóticas mostrou-se muito pequena e sua diminuição não causaria alteração significativa o suficiente para ser detectado por ensaio de indução apoptótica. Os ensaios evidenciaram uma resposta adaptativa dessas células quando expostas às dosagens baixas (até 25 μg/mL) de irradiação UVA, além de demonstrar o efeito protetivo da própolis quando irradiadas. Esses resultados corroboram com análises anteriores que já vem sendo avaliadas por nosso grupo de pesquisa, os quais sugerem que a utilização de extratos da própolis vermelha em baixas concentrações (< 25 μg/mL) é segura para ser aplicada em diferentes linhagens celulares. Estudos in vitro com modelos tridimensionais pré-tratados buscam um melhor entendimento das relações celulares e uma perspectiva de apoio à medicina reparadora/reconstrutiva, visando a recuperação de pacientes que sofreram lesões de pele ou queimaduras. [resumo fornecido pelo autor] |