Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guzzon, Francidalva Araújo |
Orientador(a): |
Alves, Márcio Miranda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/11338/5152
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Resumo: |
Este trabalho tem por intuito sondar na obra de ficção Chove nos campos de Cachoeira, de Dalcídio Jurandir, como está representada a participação da Igreja Católica na constituição do sujeito fracassado, no contexto da década de 30, na Região Norte do Brasil. Para isso, fundamenta esse fenômeno nos conceitos gramscianos de ideologia e hegemonia, diretamente imbricados nesse processo de relação de poderes numa sociedade. Os estudos históricos da atuação católica no Brasil retomam o período colonial para justificar a sua forte influência ainda na década de 30 brasileira. Retomam-se os temas e formas da literatura do período para, assim, estabelecer as devidas relações entre Dalcídio Jurandir e a temática de denúncia social da época, confirmando que a obra de ficção em estudo se trata, realmente, da representação de um contexto histórico amazônico de miséria e profundos problemas sociais. A sequência de personagens apresentadas neste trabalho também confirma um universo íntimo que define comportamentos de constituição religiosa, aprisionando os fracassados sociais às injustiças e exploração do contexto no qual se inserem. A manutenção das injustiças no plano ficcional contribui para a perpetuação dos poderes políticos instaurados, dando claras demonstrações de que a ideologia hegemônica cultivada pelo catolicismo ajudou fortemente a constituir e a manter os poderes estabelecidos. |