Gaú-chê-rama-ura: mito e imaginário no épico de Zulmiro Lino Lermen

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Lima, Letícia
• Orientador(a): Ceccagno, Douglas
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Lermen, Zulmiro, 1917-1997; Contos sul-rio-grandenses - Poesia - Crítica e interpretação; Imaginário; Gaúchos
• Palavras-chave em Inglês: South-rio-grandense literature - Poetry - Criticism and interpretation; Imaginary; Gauchos
• Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/6720

Esta dissertação investiga em que medida o poema intitulado Gaú-chê-rama-ura, do escritor caxiense Zulmiro Lino Lermen, dialoga com a tradição literária sul-rio-grandense, incorporando a figura mítica do gaúcho herói, presente no imaginário social do Estado do Rio Grande do Sul e vastamente difundida na e pela literatura sul-rio-grandense. O autor, que escreveu sua obra no final dos anos 1960, tematiza a história do Rio Grande do Sul a partir de uma perspectiva épica, remontando aos moldes das epopeias clássicas, bem como seguindo um caminho já trilhado pelo regionalismo romântico, de onde sobressai a valorização do homem, da terra e da cultura gaúchos. Este estudo pretende, portanto, demonstrar de que modo os elementos simbólicos desse imaginário social sul-rio-grandense são incorporados ao texto. Para tanto, estabelece-se um diálogo interdisciplinar entre Literatura, História e as teorias sobre o mito e o imaginário. A pesquisa toma como suporte teórico as discussões de Gilbert Durand (1995; 1997; 2000) e Bronislaw Baczko (1985) sobre o imaginário coletivo e social, Mircea Eliade (2002) e Joseph Campbell (2010) sobre mitologia, Emil Staiger (1993) sobre o épico, Guilhermino Cesar (1971), Regina Zilberman (1982; 1985) e Donaldo Schüler (1987) sobre a história da literatura sul-rio-grandense e o mito do gaúcho herói e Tau Golin (1985) e Sandra Jatahy Pesavento (2002) sobre questões referentes à história do Rio Grande do Sul. Os resultados apontam para a constituição do poema como um épico que corrobora a permanência do mito do gaúcho herói no imaginário e na literatura sulinos. [resumo fornecido pelo autor]