Paternidade adotiva na concepção de homens em processo de habilitação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barros, Fernando Sérvulo Mota de lattes
Orientador(a): Moreira, Lúcia Vaz de Campos lattes
Banca de defesa: Barbosa, Camilo de Lelis Colani, Dias, Cristina Maria de Souza Brito
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/902
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem como objetivo geral identificar as concepções e expectativas de homens, em processo de habilitação, acerca da paternidade adotiva. Para tanto, foi utilizada metodologia qualitativa, por meio de estudo de casos múltiplos. Foram participantes quatro homens casados que não possuíam filhos e que residiam na Região Metropolitana de Salvador/BA. Eles foram acessados em Curso de Preparação Psicossocial e Jurídica. Para a coleta de dados foi elaborado um roteiro semiestruturado aplicado na forma de entrevistas. Os dados foram analisados de forma descritiva. Os principais resultados foram: os participantes concebem a adoção como uma troca mútua de amor e carinho entre quem adota e quem é adotado. A decisão pela adoção partiu do casal, mesmo que um deles a tenha desejado antes do outro. Os candidatos à adoção entrevistados concebem pai como a pessoa que tem responsabilidade, cuidado, amor e carinho pelo(a) filho(a), além de ser exemplo, educar/disciplinar, estimular os talentos, estar presente em sua vida e brincar. Os participantes equiparam a paternidade adotiva à biológica. Constatou-se, ainda, que o próprio entrevistado, juntamente com sua esposa, além da equipe interprofissional, familiares, amigos e colegas, favoreceram o processo de adoção. No entanto, familiares e os profissionais da equipe interprofissional também foram mencionados como tendo dificultado o processo, os primeiros por terem resistido inicialmente à ideia da adoção e, os segundos, em razão do tempo levado para habilitar o casal para a adoção. Por fim, foi constatado, nas falas dos homens entrevistados, que o Curso de Preparação Psicossocial e Jurídica para a adoção auxiliou na compreensão sobre o trâmite legal, esclareceu sobre o perfil dos menores disponíveis para a adoção, sobre o estágio de convivência, quanto a seriedade do processo de adoção e a responsabilidade dos pais adotivos. Conclui-se haver, por parte de homens pretendentes à adoção, uma expectativa positiva quanto a paternidade adotiva, equiparando o pai adotivo ao biológico.