Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Angélica Vitoriano da
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Orientador(a): |
Rabinovich, Elaine Pedreira
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Banca de defesa: |
Urpia, Ana Maria Oliveira
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Souza, Cinthia Barreto Santos,
Cardoso, Lorena Márcia Nascimento,
Bastos, Ana Cecília Bittencourt,
Santos, José Eduardo Ferreira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/4689
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Resumo: |
A investigação objeto desta pesquisa doutoral emerge das inquietações da pesquisadora diante das questões precipitadas a partir da decisão de aprender a andar de bicicleta. Trata-se de um estudo de caso da experiência vivida aos 57 anos, na fase do envelhecimento, uma mulher, branca, cis, hetero, classe média, aposentada, mas ativa no exercício de atividades profissionais relacionadas às suas formações acadêmicas em Pedagogia e Psicologia, mãe, avó, casada, residente na cidade de Salvador. Sua estrutura versa em torno de um estudo de caso único de característica metodológica qualitativa autoetnográfica em que, partindo de uma experiência subjetiva individual única, espontânea, a autora descreve seu encontro consigo, no encontro com o outro e as transformações no self, decorrentes destes encontros. O fazer da autoetnografia, favoreceu compreender os significados que a pessoa atribui à própria experiência pretérita, espontânea, abrindo novos significados para esta experiência. Tendo como problemática a decisão de aprender a andar de bicicleta e as repercussões nas diferentes esferas da sua vida propõe-se compreender as transformações daí decorrentes. O processo de análise engendrou caminhos e rotas próprios que favoreceu (re)flexionar sobre a experiência, planificada através de imagens e na confecção de uma cartografia descrevendo a trajetória do self em transformação. Observou-se que, ao aproximar-se da fase do envelhecimento, no liminar tardio, desperta o desejo de criança que hibernava por longos anos: andar de bicicleta. O percurso feito na realização deste desejo deflagra a metanoia da última fase da vida trazendo à tona questões que a atravessavam e modificando a sua relação com o seu corpo, com as pessoas, com a cidade. A este processo deu o nome de ciclometanoia, definida como a experiência cíclica da metanoia. Valida a importância do método autoetnográfico e ressalta a importância de pesquisas em torno de temas que destaquem o protagonismo das mulheres, sua relação com o corpo e o processo do envelhecimento; o uso da bicicleta como formas de cuidado com a saúde e de resistência ao bio-poder sobre seus corpos; sobre o cuidado com meio ambiente e as formas dos indivíduos se relacionarem com a cidade. |