Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Torres, Ogvalda Devay de Sousa
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Rabinovich, Elaine Pedreira
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Paim, Jaimilson da Silva,
Santos, José Eduardo Ferreira,
Franco, Anamélia Lins e Silva,
Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt,
Britto, Antônio Carlos Nogueira |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
|
Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
|
Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/123456730/188
|
Resumo: |
Este estudo homenageia ao pai, médico dedicado durante 25 anos ao subúrbio de Periperi, região situada ao norte de Salvador, capital do Estado da Bahia, pertencente à macrorregião Leste, micro região de Salvador e 1ª Diretoria Regional de Saúde. Em Periperi viveu a pesquisadora (infância e parte da juventude), filha do primeiro médico a fixar residência no subúrbio ferroviário e atuar na profissão desde a sua graduação em 1942. Acresce a justificativa o fato de a pesquisadora, ter exercido a profissão médica durante 50 anos neste local, além de ter sido fundadora da primeira clínica privada com atendimentos médicos de urgência no subúrbio. Trata-se de pesquisa qualitativa, fundamentalmente descritiva, enquadrada como estudo de caso, mas utilizando diversas estratégicas metodológicas cujo instrumento principal de coleta de dados consistiu na aplicação de entrevista semiestruturada às famílias residentes ou que residiram em Periperi, divididas por décadas, de 1960 a 2010. Foram selecionadas 65 famílias com filhos que informaram sobre data de nascimento e sexo dos filhos, local do parto, local de vacinação, doenças imunopreviníveis ocorridas, atendimentos de saúde subsequentes e acrescentaram dados sobre a história local. Foram incluídas informações sobre prontuários disponíveis nos arquivos do consultório de Pediatria da autora em Periperi (42% de 1203 atendimentos) e da Clínica “Atendimentos Médicos de Urgência” (28% de 6.535 prontuários), também local de serviço da autora, ao lado de outros profissionais. Resultados referentes às 65 famílias: 203 trabalhos de parto, 207 crianças (duas adotadas, dois partos gemelares) indicam que, nas décadas de 1960 e 1970, a maioria dos partos foi em domicílio, assistidos por aparadeiras ou parteiras, sendo que as famílias possuíam muitos filhos nessas décadas, não havendo nenhuma com filho único, o que só veio a acontecer na de 1980 e que foi o modelo de 80% das famílias na década de 2000; a vacinação das crianças foi realizada, na maioria, no subúrbio de Periperi e as doenças imunopreviníveis tiveram incidência cada vez menor, ao longo do período considerado. Alguns planos de saúde foram utilizados, mas a partir da década de 2000 o SUS liderou os atendimentos. Quanto ao subúrbio, o marco de seu desenvolvimento sociocultural foi a construção da Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), depois do que surgiram as diversas clínicas privadas. O consultório de pediatria fez 52,08% dos atendimentos particulares, os demais por oito planos de saúde, tendo prevalecido UNIMED (24,26%). A Clinica AME funcionou com seis especialidades, oito médicos, a maior demanda foi para o serviço de ginecologia, seguida da Clínica Médica e Ultrassonografia; apoiou trabalhos de extensão e de pesquisa de alunos da UFBA, e da UCSal, e Feiras de Saúde e Educação para a Saúde do Lions Clube de Salvador-Periperi; cedeu espaço à FIOCRUZ para pesquisa internacional (esquistossomose mansônica). Foi possível observar a evolução da saúde, o êxito das ações do governo, dos planos nacionais de imunização, das campanhas vitoriosas de vacinação e de mudança no esquema vacinal do Brasil. Conclui ser o SUS um bom sistema de saúde, e que o médico já foi mais humanista. |