Trajetória de egressos de um curso de administração de empresas no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Salvador: período 2012 a 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Maria Sampaio de lattes
Orientador(a): Borges, Ângela Maria Carvalho lattes
Banca de defesa: Campos, Maria de Fátima Hanaque, Freitas, Kátia Siqueira de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Políticas Sociais e Cidadania
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/920
Resumo: A educação superior no Brasil vem apresentando tendência de crescimento no número de matrículas. Por outro lado, o mercado de trabalho está sujeito a conjunturas econômicas e transformações estruturais decorrentes de mudanças no sistema produtivo, interferindo nos efeitos da obtenção do diploma da graduação. Neste contexto estudar a trajetória de egressos de um curso de administração titulados em 2012, 2015 e 2016 tem o objetivo de identificar como aconteceu o percurso no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Salvador – RMS entre 2012 e 2018, período que inclui a recente crise econômica no Brasil, agravada em 2015. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e caráter descritivo cujos procedimentos metodológicos consistiram da análise de dados secundários incluindo documentos da instituição de ensino, indicadores da educação superior e indicadores de mercado de trabalho. Os dados primários foram coletados mediante o envio de questionário eletrônico para um universo de 200 egressos nos anos referidos, obtendo-se o retorno de 54 egressos (27%). Com base nesta amostra de 54 egressos, foram calculados os percentuais para examinar as variáveis pesquisadas tornando possível compreender o percurso no mercado de trabalho em três momentos distintos: durante o curso, logo após a conclusão do curso e no quarto trimestre/2018. Os resultados mostram que em todos os três momentos investigados a situação de trabalho estava presente, sendo que a maioria com atividade laboral no setor de serviços. Durante o curso, 92,1% dos egressos declarou que já trabalhava dos quais 37,2% na condição de assalariado e 54,9% como estagiários. Após a conclusão do curso, o percentual de assalariados era de 38,9% e no quatro trimestre/2018, 59,3%. Dos que trabalham, no último trimestre/2018, apenas 55,0% estavam em posição ocupacional adequada para a titulação obtida. Quanto à vivencia do desemprego, 27,8% declarou que se encontrava desempregado logo após a conclusão do curso. Embora este percentual tenha se reduzido, indicando a inserção paulatina no mercado de trabalho, no quarto trimestre/2018 – momento da pesquisa − ele ainda era bastante elevado, 14,8%. As conclusões apontam que embora o ensino superior tenha contribuído positivamente para o aumento do capital cultural dos egressos e para a sua trajetória no mercado de trabalho, fatores estruturais desse mercado, agravados nos três anos anteriores à pesquisa, indicam que o diploma obtido não impediu que uma proporção elevada deles enfrentasse o desemprego e vivenciasse situações de precarização.