Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Rita da Cruz
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Orientador(a): |
Costa, Lívia Alessandra Fialho da
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Banca de defesa: |
Aguiar, Maria Geralda Gomes,
Nascimento, Maria Ângela Alves do,
Rabinovich, Elaine Pedreira,
Sá, Sumaia Midlej Pimentel |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/123456730/133
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Resumo: |
A presente pesquisa visa compreender a vivência do adoecimento e da hospitalização para o grupo familiar, a partir dos seus integrantes e dos/as trabalhadores/as de saúde que desenvolvem atividade de cuidado na clínica médica de um hospital público do interior da Bahia. Ancorada numa perspectiva interdisciplinar, a pesquisa segue uma abordagem qualitativa, centrada em observações participantes, entrevistas e escuta sensível que deram suporte à realização de uma etnografia das interações na clínica médica. Participaram 14 famílias e 17 trabalhadores/as da clínica, sendo incluídos familiares acompanhantes que exerciam a atividade, a partir de 48 horas na clínica, e excluídos familiares acompanhantes que recebiam proventos e cuidadores particulares. As observações foram realizadas no hall do hospital, no corredor, no posto de enfermagem e nas enfermarias, totalizando oito meses de observação sistemática. Os dados coletados foram tratados metodológica e epistemologicamente como narrativas, dentro de uma perspectiva biográfica, a partir da combinação de informações obtidas, originando as “narrativas das narrativas”. Foi possível a sustentação do enfoque biográfico na (re)elaboração narrativa dos dados coletados, evidenciado pela experiência vivenciada de modo inteiro. Como resultados da etnografia e a partir da compreensão de que o hospital é um cenário de dramas, foram revelados aspectos das redes de apoio interfamiliares, da fé como mobilizadora de força para o enfrentamento do adoecimento e da internação, bem como uma série de situações motivadoras de tensões e conflitos na enfermaria. O posto de enfermagem apresentou-se como lugar da expressão do corporativismo, das hierarquias, mas também das pilhérias. A análise das interações aponta ainda para a dimensão de “cuidado” implicada na ação comunicativa. Das narrativas das famílias sobre a experiência do acompanhamento na hospitalização emergiram três categorias relevantes: “o acompanhar e cuidar como conforto mútuo”; “o acompanhar e cuidar como um ato de amor”; “o acompanhar e cuidar como obrigação”. A pesquisa indica a importância de investimentos em novos estudos etnográficos no hospital que envolvam a família, colocando em relevo este grupo que integra o cenário hospitalar. |