Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Leila Rocha Medrado
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Orientador(a): |
Silva, Antônio Carlos da
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Banca de defesa: |
Silva, Maria Manuela Magalhães,
Campina, Ana Cláudia,
Rocha, Sheila Marta Carregosa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Políticas Sociais e Cidadania
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/123456730/171
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Resumo: |
Erigida na linha de pesquisa “Estado, sociedade e políticas sociais” do programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Políticas Sociais e Cidadania, esta dissertação é uma contribuição à crítica da Ditadura civil-militar brasileira (1964/1985) e os movimentos dela resultantes, suas consequências na elaboração de políticas sociais, na construção da memória histórica dos indivíduos – com relação à mutação sociometabólica de sujeitos históricos para predicados mercadoria – e a possibilidade de perdão para além da Lei da Anistia (Lei nº 6.683/79). Isto porque, após mais de 50 anos do deflagrar do regime autoritário no Brasil, considerando as recentes decisões antagônicas proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, percebe-se que esse período de transição na organização do poder político ainda não foi superado e compreendido na sua totalidade. Ao abarcar as proposições-chave nos pensamentos de Hannah Arendt – que opõe poder a violência e desvela a banalidade do mal – e de Walter Benjamin – com ênfase nas teses que fundamentam “Sobre o conceito de história”, por conseguinte, a relação dialética entre o tempo e o espaço – nossa pretensão é elucidar a lógica perversa que tem nos aprisionado num presente constante. O objetivo é alcançar a preliminar de todo conhecimento, ou seja, a compreensão desse período por meio de pesquisa histórica (fontes primárias e secundárias) e apreensão das categorias-chave de/para análise conceitual da ditadura, perdão e memória em alusão às três frentes: a primeira trata da cultura da impunidade e do esquecimento engendrada ainda sob a égide do regime autoritário (1964-1985) e consubstanciada na Lei da Anistia como óbice à persecução penal; a segunda busca compreender a (im)possibilidade da generalização do perdão e a dominação sem sujeito; e, por fim, trata-se do perigo da construção de uma memória baseada em narrativas, vivências, reprodução de testemunhos e de arquivos sem passarem pelo crivo da razão e do debate público. Para tanto, foram utilizados os métodos de abordagem indutivo e dialético desenvolvidos interdisciplinarmente, uma vez que a riqueza de interface do tema assim o exige. A metodologia está pautada em conexões qualitativas a partir de revisão historiográfica, uso de registros escritos de sujeitos históricos e entrevistas com mulheres que viveram e narraram suas experiências. Foram delimitadas, a partir da análise de conteúdo aplicado através de narrativas e textos de mulheres militantes que viveram o período ditatorial – categorias-chave e avaliação numérica da frequência de ocorrência de determinados termos, expressões, construções e referências categorizadas. |