Acender as velas já é profissão: a atuação da Anistia Internacional em relação ao Brasil durante a ditadura (1961-1981)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Meirelles, Renata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03102016-134758/
Resumo: Durante a ditadura (1964-85), a Anistia Internacional ofereceu assistência a presos políticos brasileiros e ajudou a divulgar no exterior as denúncias de tortura perpetradas por agentes da repressão do regime militar brasileiro. Este trabalho se detém sobre a atuação da Anistia Internacional em relação ao Brasil durante o período da ditadura. A fim de entender como se deu essa atuação, buscou-se analisar o processo de formação da Anistia, seu modus operandi na investigação de denúncias de violações de direitos humanos, e identificar os seus princípios e diretrizes. No exame sobre a assistência a presos políticos brasileiros, foi possível observar uma flexibilização dos princípios de foco no indivíduo e não-violência, que eram considerados pela organização como constitutivos da sua atuação no plano internacional. Além disso, reuniu-se documentação que indica que a decisão da Anistia de intensificar a defesa de presos políticos brasileiros, verificada a partir de 1969, não foi motivada somente pelo agravamento de sua situação. Deveu-se também à reformulação estratégica posta em prática pela organização após a grave crise interna que a AI atravessou em 1967. A nova estratégia pressupunha avanços na profissionalização que previam a expansão das atividades da Anistia para além da Europa, o que permitiu uma reformulação de seu trabalho em relação à América Latina e ao Brasil, onde sua atuação havia permanecido tímida até 1969.