Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Santos, Simone Ganem Assmar
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Orientador(a): |
Costa, Lívia Alessandra Fialho da
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Banca de defesa: |
Iriart, Jorge Alberto Bernstein
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Ferreira, Jaqueline Teresinha |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1506
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Resumo: |
O câncer mamário feminino é a principal forma de câncer entre as mulheres. Nas últimas décadas, têm aumentado em todo o mundo a incidência dessa patologia e consequentemente da mortalidade associada a essa enfermidade. No Brasil o câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer nas mulheres sendo considerado, na atualidade, como um problema de saúde pública. Essa pesquisa visa, sobretudo, identificar as representações sociais que a cercam e que se traduzem num sofrimento que vai além da dor física imposta pelos tratamentos que lhe são associados. Assim, tratamos aqui das “dores da alma”, um conjunto de experiências de sofrimento que se expressa tanto no aspecto corporal quanto, em alguns casos, no adoecimento psíquico. Partindo de um referencial ancorado nas áreas de medicina, antropologia e da psicologia analítica, analisamos casos concretos de 8 (oito) mulheres acometidas por essa patologia. As interlocutoras dessa pesquisa são mulheres, todas pacientes acometidas pelo câncer em diversos estágios e que se submeteram à avaliação genética no Departamento de Onco-genética da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Estudo de cunho qualitativo, duas técnicas principais foram utilizadas na coleta dos dados: entrevistas semi- estruturadas (realizadas com 7 mulheres) e estudo de caso. Nas entrevistas, interessa-nos sobretudo, as narrativas sobre sofrimento e aflição ( processo da doença, seus impactos e busca de alívio e superação); o estudo de caso (de uma paciente que durante três anos optou por um acompanhamento psicoterápico, no consultório da pesquisadora) foi igualmente relevante como fonte de dados na medida em que a partir dele identificamos os temas mais recorrentes que vieram a orientar a elaboração do roteiro das entrevistas semi- estruturadas. Os resultados obtidos revelam uma forte associação do câncer com a culpa, a punição, o desfiguramento físico e a morte. Ademais, abordou-se a relação médico-paciente, numa perspectiva do papel da boa escuta desses profissionais no processo de experiência de sofrimento dos Outros, e também a questão do envolvimento familiar com relação ao suporte social e emocional oferecido ao ente adoecido quando este se confronta com o infortúnio advindo da doença. |