Qualidade de vida dos familiares de dependentes de cocaína/crack: percepções a partir das experiências dos internamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Jesus, Michele Campos Almeida de lattes
Orientador(a): Castro, Mary Garcia lattes
Banca de defesa: Rabelo, Ântonio Reinaldo, Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon, Sá, Kátia Nunes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/123456730/258
Resumo: O presente estudo se propõe verificar a qualidade de vida, em médio prazo, dos familiares de dependentes de cocaína/crack após os internamentos voluntário e involuntário, realizado em serviço especializado e privado para o tratamento da dependência química, no município de Camaçari/Bahia. A dependência química é vista como um problema de saúde pública frequente e atual. Para melhor fundamentar a pesquisa, abordou-se, a priori, conceitos básicos sobre dependência química, transtornos da personalidade associados, as famílias contemporâneas, qualidade de vida e as percepções dos familiares de dependentes químicos sobre o tema, bem como as formas de intervenção no tratamento. A metodologia utilizada foi a descritiva, comparativa e reflexiva através da abordagem de pesquisa empírica. Empregou-se o método da triangulação, associando a pesquisa quantitativa e qualitativa em um único plano, através de entrevistas semiestruturadas e questionários aplicados pela pesquisadora. Os resultados evidenciaram uma tendência dos familiares declararem ter uma boa qualidade de vida e de saúde de forma geral e, também, nos domínios físico, psicológico, social e ambiental. Percebe-se múltiplas respostas sobre o conceito de qualidade de vida entre os entrevistados e um progresso das relações interpessoais a partir das vivências dos tratamentos dos seus entes. Variáveis sóciodemográficas podem estar associadas a melhor qualidade de vida entre os familiares, como ser do sexo masculino, ter renda superior a cinco salários mínimos e estar casado/união estável. Na pesquisa qualitativa, as famílias tendem a aumentar sua exposição à religiosidade/espiritualidade com o processo de drogadicção do parente e seu internamento por perceberem aumento do apoio social/emocional adquirido, além de ser positiva e protetora na recuperação da dependência química. Porém, na pesquisa quantitativa, observa-se que a religião não é destacada pelos entrevistados como um fator que contribua para a melhor qualidade de vida deles, percebendo resultados complementares sobre o impacto dessa variável no bem-estar dos mesmos. Quando se compara as modalidades de internamentos voluntários e involuntários, a qualidade de vida dos familiares, após o internamento à médio prazo, mostram-se semelhantes nesta pesquisa.