RELAÇÕES DE DISTÂNCIA E DE COMPLEXIDADE ENTRE TRAÇOS DISTINTIVOS NA GENERALIZAÇÃO EM TERAPIA DE DESVIOS FONOLÓGICOS
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Mestrado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/392 |
Resumo: | Este estudo teve por objetivo geral verificar as generalizações obtidas por crianças com desvios fonológicos, submetidas a um tratamento delineado segundo o modelo ABAB Retirada e Provas Múltiplas , de Tyler & Figurski (1994), tomando-se, como parâmetro de análise, as relações de distância e de complexidade entre traços distintivos identificadas entre o(s) segmento(s)-alvo utilizado(s) na terapia e entre o(s) segmento(s) ausente(s) no sistema da criança. Esses dois tipos de relações entre traços levaram ao emprego, nesta pesquisa, de dois modelos terapêuticos: (a) o MICT Modelo Implicacional de Complexidade de Traços , proposto por (MOTA, 1996) e (b) o MOTIDT Modelo Terapêutico Implicacional de Distância entre Traços , que está sendo proposto no presente estudo. Ambos os modelos terapêuticos têm como pressuposto que o tratamento a partir de um segmento-alvo que apresente uma estrutura interna com configuração de traços complexa possibilita a sua aquisição e a generalização, fazendo emergirem segmentos com estrutura interna e configuração de traços considerada menos complexa. O que difere fundamentalmente as duas propostas terapêuticas é o critério para a escolha do segmentoalvo da terapia e a expectativa de generalização. No MICT, a escolha do(s) segmento(s)- alvo(s) deriva das relações de complexidade estabelecidas pelas coocorrências entre os traços. Os caminhos percorridos pelas crianças, para o incremento de complexidade durante a aquisição fonológica com desvio, seguem leis implicacionais existentes entre os traços marcados, como descrito no modelo. No MOTIDT, a escolha do(s) segmento(s)- alvo(s) é determinada com base nas distâncias entre os traços que integram a sua estrutura e a estrutura do(s) segmento(s) ausente(s) no sistema da criança. Essa distância foi determinada a partir da geometria de traços proposta por Clements & Hume (1995). A amostra deste trabalho foi composta por seis sujeitos com desvios fonológicos, os quais foram divididos em pares, seguindo-se o critério de grau de equivalência em se considerando a severidade do desvio, constituindo-se, assim, três pares de sujeitos na investigação. Inicialmente os dados foram coletados, segundo a proposta de Tyler & Figurski (1994), em que duas sessões são destinadas para a aplicação do Instrumento de Avaliação Fonológica da Criança (Yavas, Matzenauer-Hernandorena & Lamprecht, 1991) e uma sessão é reservada para a coleta de fala espontânea. Após, foram transcritos e submetidos a uma análise contrastiva, a uma análise através do modelo teórico da Fonologia Autossegmental (Clements & Hume, 1995) e a uma análise através dos dois modelos terapêuticos utilizados no estudo: o MICT e o MOTIDT. O MOTIDT, pelos dados dos sujeitos aqui estudados, mostrou que também pode ser mais uma opção de modelo terapêutico para a prática clínica dos desvios fonológicos. As generalizações ocorridas nos sistemas fonológicos dos sujeitos tratados por esse modelo terapêutico tornaram a duração do tratamento fonoaudiológico reduzida, uma vez que os sujeitos transferiram a aprendizagem dos segmentos-alvo de forma mais rápida e abrangente, quando comparados aos sujeitos tratados através do MICT. Acredita-se que haja ainda muitos pontos a serem explorados e comprovados ou não, com um número maior de sujeitos. |