Psicoeducação de cuidadores sobre o transtorno bipolar : traz benefícios à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Marília Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/451
Resumo: Cuidadores de pacientes com transtorno bipolar (TB) apresentam elevados níveis de estresse, pobre estado de saúde, humor deprimido, sentimento de angustia, entre outros sintomas de condições fisiológicas e psicológicas, em consequência da sobrecarga de cuidados. A repercussão do TB não está limitada aos pacientes, esta psicopatologia apresenta um desafio significativo aos cuidadores. O despreparo e a falta de conhecimento a respeito da doença provocam prejuízos nas relações tanto dos cuidadores quanto dos pacientes, podendo ocasionar um aumento da demanda do sistema de atenção à saúde. A psicoeducação é uma intervenção complementar para o TB. Esta modalidade de intervenção realizada com cuidadores é efetiva para a prevenção de recaídas e aderência ao tratamento medicamentoso (do paciente) bem como para a prevenção de problemas de saúde do cuidador causado pela sobrecarga de cuidados. Esta pesquisa teve como propósito analisar a eficácia da psicoeducação em cuidadores de pacientes com TB. Preocupou-se em investigar o impacto da doença mental em cuidadores de pacientes diagnosticados com TB, avaliar os escores de sobrecarga, grau de autoestima percebida e mudanças de sintomatologia de transtornos mentais comuns nos cuidadores. A coleta de dados foi feita mediante avaliações com questionários estruturados. Os instrumentos utilizados foram: Family Burden Interview Schedule (FBIS) para avaliar a sobrecarga, Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) para a mensuração da autoestima. A avaliação da sintomatologia de transtornos mentais comuns foi realizada através do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Após, através da randomização, foi sorteada aleatoriamente a atribuição da intervenção a ser realizada. Teve-se então a constituição de dois grupos, um de intervenção psicoeducacional para o cuidador responsável (grupo experimental) e outro para o cuidador sem nenhum tipo de intervenção específica (grupo controle). Após a análise verificou-se que não existe nenhuma diferença em relação à melhoria da autoestima percebida, ao grau de sobrecarga ou sintomas de transtornos mentais comuns, quando se compara a intervenção com o tratamento usual. Uma possível explicação para estas diferenças pode se referir às limitações do presente estudo. Um acompanhamento longitudinal seria crucial para estudar se há diferença em relação às variáveis analisadas ao longo do tempo nos cuidadores. Além de aumentar o número das sessões e tornar o conteúdo mais voltado para o cuidador e suas necessidades.