Avaliação de comportamentos de risco em pessoas vivendo co HIV/AIDS em um centro de referência no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PASSOS, Susane Muller klug
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/610
Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus HIV não é mais uma ameaça de morte eminente, mas uma doença crônica associada a maior expectativa de vida. Com o advento da terapia antirretroviral como preconizada atualmente as pessoas portadoras de HIV/AIDS passaram a viver por tempo indefinido, mas continuaram submetidas a estigma social e eventos estressores com maior frequência e intensidade que outras doenças crônicas. Estas situações já foram estatisticamente relacionadas com comportamentos de risco nesta população. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar comportamentos de risco em pessoas vivendo com HIV/AIDS em um centro de referência no sul do Brasil. O artigo 1 avaliou as diferenças dos fatores associados a abuso/dependência de substâncias psicoativas entre homens e mulheres vivendo com HIV/AIDS. O artigo 2 avaliou a prevalência de risco de suicídio e fatores relacionados nesta população. Métodos: Estudo transversal com pessoas vivendo com HIV/AIDS atendidas no Serviço de Assistência Especializada (SAE) em Pelotas, região sul do Brasil. Os seguintes instrumentos foram utilizados na pesquisa: um questionário com dados sociodemográficos e clínicos; Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST), para avaliação de abuso/dependência de substâncias psicoativas; e Mini International Neuropsychiatric Interview, module C (MINI), para avaliação de risco de suicídio. Resultados: Artigo 1: A prevalência de abuso/dependência de substâncias psicoativas foi maior entre os homens do que entre as mulheres: 22,1% e 9,9%, respectivamente. Os fatores associados a abuso/dependência de substâncias psicoativas diferiram em relação ao sexo. Após análise multivariada, na amostra masculina, idade menor que 47 anos, desemprego, status socioeconômico, abuso/dependência de tabaco, ansiedade, comorbidades e rota de infecção, foram independentemente associados com abuso/dependência de substâncias psicoativas; na amostra feminina, idade menor que 35 anos, abuso/dependência de tabaco e comportamento sexual (mulheres que fazem sexo com mulheres) foram independentemente associados com abuso/dependência de substâncias psicoativas. Artigo 2: A prevalência de risco de suicídio foi elevada nesta população: 34.1% da amostra. Na análise multivariada, sexo feminino, idade até 47 anos, desemprego, ansiedade, depressão e abuso/dependência de substâncias psicoativas foram independentemente relacionados com risco de suicídio. Conclusões: As prevalências dos comportamentos de risco avaliados nesta amostra de pessoas vivendo com HIV/AIDS foram elevadas, em concordância com a literatura sobre o assunto. Homens tiveram maior prevalência de abuso/dependência de substâncias psicoativas e também maior número de fatores associados. Entre as mulheres, comportamento sexual foi independentemente relacionado com abuso/dependência de substâncias psicoativas. Risco de suicídio foi relacionado com fatores sociodemográficos e clínicos.