Alterações neurocognitivas por comprometimento subcortical em pacientes com HIV / AIDS em uma região do sul do Brasil
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude# #-7432574962795991241# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento# #-1990782970254042025# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/512 |
Resumo: | Introdução: Em portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), alterações neurocognitivas secundárias ao acometimento de estruturas encefálicas subcorticais pelo vírus são frequentes; suas manifestações variam desde alterações assintomáticas até demência. Além das alterações cognitivas decorrentes da infecção pelo HIV, outros fatores estão associados à perda de funções cognitivas nestes pacientes. Entre estes fatores, a depressão. Objetivo: Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de alterações neurocognitivas em pacientes portadores de HIV em uma cidade do sul do Brasil e estabelecer possíveis associações com variáveis relacionadas à infecção pelo vírus e a outros fatores. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com portadores do HIV atendidos ambulatorialmente no Serviço de Assistência Especializada (SAE) da cidade de Pelotas, sul do Brasil. Dados sócio-demográficos e informações relacionadas à infecção pelo HIV foram coletados, todos pacientes submeteram-se a avaliação psiquiátrica e neurocognitiva. Resultados: A prevalência de alterações neurocognitivas entre os 392 pacientes foi de 54,1% quando rastreada pela Escala Internacional de Demência por HIV (IHDS) e de 36,2%, quando se associou ao IHDS uma bateria de testes complementares. Artigo1: A análise bivariada sugeriu associação de perda neurocognitiva com sexo, idade, escolaridade, depressão, CD4 atual e nadir de CD4 (menor CD4 que o paciente apresentou). Na Regressão de Poisson manteve-se a associação com depressão (RP=1,96, IC95%=1,12–3,42). Artigo2: 114 pacientes apresentaram idade maior ou igual a 50 anos. As características que foram estatisticamente diferentes nos pacientes com HIV idosos comparados aos portadores mais jovens foram: cor da pele, presença de comorbidades, tempo de diagnóstico, carga 7 viral (CV) indetectável atual, presença de alterações cognitivas, tempo de uso e adesão à Terapia Antirretroviral (TARV). Os pacientes mais velhos apresentaram maior chance de apresentar alterações cognitivas RO 2,29 (IC 95% 1,39-3,78 p<0,01) e de serem mais aderentes ao uso da terapia antirretroviral RO 2,18 (IC95%1,22-3,89 p<0,01) do que os mais jovens. Conclusões: A prevalência de alterações cognitivas em PVHA (Pessoas vivendo com HIVAIDS) estimada neste estudo está em concordância com dados internacionais e brasileiros e foi significativamente maior em pacientes com idade igual ou superior a 50 anos. A depressão foi o fator analisado que mostrou maior evidência de associação com perda neurocognitiva. Os pacientes idosos apresentaram maior adesão à TARV, com melhor controle da carga viral do HIV. |