¡ESTAMOS EN JAPONÉS! : DIMENSÃO ATIVO-DIALÓGICA DA COMPREENSÃO E GÊNEROS DISCURSIVOS EM CURSOS DE LEITURA EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS PRÓXIMAS
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Doutorado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/246 |
Resumo: | Esta pesquisa visa compreender as formas de relacionamento entre a dimensão ativo-dialógica da compreensão e gêneros discursivos em cursos de leitura em línguas estrangeiras próximas (francês, italiano e português) para aprendizes adultos hispano-falantes. O cenário de pesquisa consiste em aulas de leitura, concebidas como apoio para a leitura de bibliografia especializada, endereçadas a alunos universitários (graduação e pós-graduação), no âmbito de uma universidade pública do Uruguai. A reflexão desenvolvida está norteada por uma epistemologia-ontologia dialógica de cunho bakhtiniano que incorpora, por sua vez, uma visão dos letramentos em termos de práticas sociais, múltiplas e diversas. Tais práticas de letramentos se constroem e circulam em comunidades de práticas. Este embasamento teórico dialoga com uma metodologia de pesquisa de cunho qualitativo, que permite à pesquisadora (eu mesma) relevar uma série de assuntos relativos às formas de os alunos lerem textos pertencentes a diferentes gêneros discursivos. De acordo com os dados analisados, em suas construções discursivas os aprendizes-leitores de textos em francês, italiano e português associariam os gêneros acadêmicos com maior complexidade linguística e discursiva e os gêneros discursivos não acadêmicos com menor complexidade. Os aprendizes-leitores localizariam o estrangeiro , isto é, a fronteira entre o próprio e o alheio, não na língua aprendida, mas em determinados gêneros discursivos. Estes modos de relacionamento diferentes se manifestam na dimensão ativo-dialógica da compreensão. Assume-se uma perspectiva que entrosa esta dimensão da compreensão bakhtiniana às identidades. O leitor é cocriador do texto que lê e, ao compreendê-lo ativamente, se posiciona desde algum ponto de vista, necessariamente ligado a algum posicionamento identitário. A análise de eventos de letramento em aulas de leitura em português evidencia uma relação autor/texto/leitor construída diferentemente segundo os gêneros discursivos (não acadêmicos ou acadêmicos) dos diversos textos trabalhados em sala de aula. Os textos não acadêmicos (jornalísticos) são lidos segundo modos de letramento centrífugos: formas de leitura da comunidade interpretativa que habilitariam uma maior negociação de sentidos e, ao mesmo tempo, uma maior abertura ou imprevisibilidade das formas da dimensão ativo-dialógica da compreensão e múltiplas filiações identitárias. Os textos acadêmicos são lidos de acordo com modos de letramento centrípetos: formas de leitura da comunidade interpretativa que tenderiam a uma maior reificação de sentidos, assim como a uma menor abertura ou previsibilidade das formas da dimensão ativo-dialógica da compreensão. Neste caso, a filiação identitária evidenciada nessa dimensão da compreensão é a de recém-chegados à comunidade de práticas científicoacadêmicas |