Entre manifestações e rupturas: análise do trabalho do / a assistente social no CRAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dravanz, Glória Maria Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Politica Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/748
Resumo: DRAVANZ, G. M. G. Entre Manutenções e Rupturas: Análise do trabalho do/a assistente social no CRAS. 2018. Tese – Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, 2018. O trabalho do/a assistente social tem sido objeto de discussão da categoria desde o surgimento da profissão, apontando os limites, desafios e potencialidades, bem como questionamentos sobre o direcionamento deste trabalho que resultou em transformações no seu modo de pensar, formar e intervir. A opção por um projeto profissional hegemônico orientado pela vertente marxista a partir dos anos 70, e sua consolidação por meio do Projeto Ético Político do Serviço Social (PEP), tem significativo papel neste movimento de intenção de ruptura. Entretanto, o avanço do neoliberalismo a partir da década de 1990, a regressão de direitos conquistados e no contexto atual, o crescimento do conservadorismo na esfera política e social do país e as transformações na esfera da formação profissional por meio do crescimento dos cursos EAD, tem apontado limitadores e desafios a categoria. Da mesma forma que no Serviço Social, no âmbito da Política de Assistência Social (PAS) estas transformações também são percebidas, principalmente com relação ao corte de recursos para programas, projetos, serviços e benefícios. Partindo destes apontamentos, entendendo a necessidade de análise do trabalho profissional no cotidiano como movimento necessário na construção de mecanismos de discussão sobre o direcionamento do Serviço Social, o presente trabalho tem como objetivo analisar como o trabalho profissional dos/as assistentes sociais desenvolvida no CRAS, em meio ao contexto atual vivenciado pelo país e frente ao crescimento do conservadorismo, vem se relacionando com o Projeto Ético-Político do Serviço Social. Para o alcance do objetivo a pesquisa foi orientada pelo método crítico-dialético, e para realização adotou-se os procedimentos de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa de campo contou com a realização de entrevistas semiestruturadas com assistentes sociais atuantes nos cinco CRASs do município de Pelotas. Os dados empíricos da pesquisa expõem que as manutenções e rupturas evidenciadas permitem identificar o cotidiano alienante, e o consequente distanciamento do/a assistente social na percepção do seu papel frente a PAS, o usuário e o Estado propriamente dito. Assim, a análise realizada sobre o trabalho dos assistentes sociais nos CRASs de Pelotas reafirma que a apreensão do movimento contraditório e antagônico da profissão e do próprio sistema capitalista, requer uma capacidade crítica de análise do concreto, aliada a princípios éticos-políticos e teórico-metodológicos. Perante o contexto atual, profissão vivencia um movimento que por vezes demonstra uma intenção de ruptura aliada a uma prática conservadora, que resulta mais na aproximação à uma perspectiva fiscalizatória dos usuários, do que propriamente no direcionamento vislumbrado pela perspectiva transformadora/emancipatória preconizada no PEP. Análise esta, que fortalece a necessidade de ampliação do debate sobre profissão, visando a construção de alternativas de apreensão do concreto para poder contribuir na superação da ordem social de exploração vigente.