HIV na gestação: adesão às recomendações na prevenção da transmissão vertical de uma maternidade de hospital universitário no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: COAN, Vanise Kunde
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Mestrado Profissional em Saude da Mulher, Crianca e Adolescente
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/824
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo avaliar se as medidas profiláticas recomendadas pelo Ministério da Saúde brasileiro, de 2017, para prevenção da transmissão vertical do HIV foram adotadas no processo assistencial prestado às gestantes e recém-nascidos atendidos em um hospital escola do município de Pelotas-RS, Brasil, nos anos de 2017 e 2018. Foi realizado um estudo transversal de caráter descritivo, no qual foram analisados 73 prontuários relacionados a todas as gestantes HIV positivos que tiveram seu parto realizado na maternidade do hospital. Verificou-se a adoção de seis medidas profiláticas recomendadas pelo Ministério da Saúde brasileiro para prevenção da transmissão vertical do HIV, dentre elas: número de consultas de pré-natal; uso de terapia antirretroviral na gravidez; exames de carga viral, linfócitos TCD4+ e genotipagem, realizados na gestação; via de parto; uso do AZT no trabalho de parto e durante o parto e quimioprofilaxia no recém-nascido. A média de idade das gestantes estudadas foi 26 anos e a média de consultas de prénatal foi de 7,7. A maioria delas (95,9%) fez uso de antirretrovirais na gestação. Nos prontuários que tinham informação sobre o resultado de exames do pré-natal, 39,7% realizaram apenas um exame de carga viral e 35,6% um exame de linfócitos TCD4+; das 53 gestantes que realizaram o exame de carga viral, 34,0% foi somente no último trimestre de gravidez. Quanto ao exame de genotipagem, em 86,3% dos casos não havia informação sobre o resultado. Do total das gestantes, 75,3% fizeram uso do AZT no trabalho de parto e durante o parto e 95,9% dos recém-nascidos fizeram uso de quimioprofilaxia após o nascimento. A via de parto cesárea prevaleceu em 79,5% dos casos e das 20 gestantes com carga viral indetectável com 34 semanas ou mais de gestação, nas quais o parto vaginal poderia ser indicado, em 35,0% dos casos foi observado este tipo de procedimento. Conclui-se que, das seis recomendações estudadas, três foram atendidas na íntegra, no que se refere ao número de consultas de pré-natal, o uso de quimioprofilaxia no recém-nascido e o uso de TARV pelas gestantes HIV positivas. A falta de registro nos prontuários limitou a confirmação da adesão de algumas medidas profiláticas, no que se referem à qualidade do uso de TARV e aos resultados dos exames de carga viral, de linfócitos TCD4+ e de genotipagem.