VIVIANE E MORGANA: UMA NOVA DICOTOMIA EM MEIO À TENSÃO DISCURSIVA DE AS BRUMAS DE AVALON
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Doutorado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/164 |
Resumo: | Este trabalho constitui uma análise linguístico-discursiva das personagens Viviane e Morgana do romance As brumas de Avalon (1983) de Marion Zimmer Bradley (1930-1999). O objetivo principal remete à investigação dos mitos relativos ao poder, ao papel e às representações da mulher que se fazem presentes no discurso relacionado às personagens dentro da obra. A fundamentação teórica busca sustentação na Análise Crítica do Discurso (ACD) de Norman Fairclough (2001), na Gramática Sistêmico-funcional de Halliday (1994) e Matthiessen e Halliday (1997), na relação literatura, discurso e gênero (CRANNY-FRANCIS, 1990; FUNCK, 1998; et al) e no conceito de mito de Roland Barthes (1980). Dividido em três capítulos, após a parte teórica onde também fazemos algumas considerações a respeito de gênero apresentamos a autora, a obra e as personagens. A seguir, descrevemos a metodologia utilizada na análise e discutimos os dados encontrados relativos a: a) a representação feminina; b) o poder da mulher, como pertencente/concedido a ela ou usurpado dela; c) o papel da mulher, com ênfase na dicotomia de gêneros e nos papéis tradicional e hegemonicamente ligados a eles. O estudo chega a conclusões quanto à perpetuação de mitos em relação ao poder, ao papel e às representações da mulher encontrada na materialidade linguística do texto de Marion Zimmer Bradley, apesar da frequente classificação de As brumas de Avalon como uma obra feminista. Além disso, propomos que uma nova dicotomia literária a da Megera/Vítima em lugar da já conhecida Bruxa/Anjo é estabelecida na obra, perpetuando imagens negativas da mulher ao mesmo tempo em que, com a centralidade nas personagens femininas e a concessão de um certo poder à mulher, um movimento de tensão entre discursos de bases patriarcal e feminista não permita que o texto possa ser classificado como afiliado exclusivamente a qualquer um deles |