Insegurança alimentar em gestantes em um município do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ávila, Caroline Nickel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/756
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e os fatores associados à Insegurança Alimentar em domicílios com gestantes na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo transversal baseado em dados obtidos por uma pesquisa de intervenção realizada pela Universidade Católica de Pelotas, entre os anos de 2016 e 2018 na cidade de Pelotas, com uma amostra representativa de gestantes nos dois primeiros trimestres de gestação (n=729). A mensuração da prevalência de Insegurança Alimentar foi feita através da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, que um método direto de medir a condição domiciliar de Segurança Alimentar e classifica a Insegurança Alimentar em três níveis: leve, moderado e grave. Para a obtenção das variáveis socioeconômicas e demográficas foi aplicado questionário padronizado. Para a análise estatística foi utilizado o programa Epidata 3.1, para dupla digitação dos questionários. A análise dos dados foi realizada pelo software Stata versão 15.0. Para as análises bivariadas, foi utilizado o teste qui-quadrado, o valor p de <0,05 foi considerado estatisticamente significativo, e, para a análise de tendência das variáveis ordinais foi utilizado o qui-quadrado de tendência linear. A prevalência de Insegurança Alimentar foi de 31,0%, sendo o nível moderado encontrado em 3,8% dos domicílios, mesma prevalência encontrada para o nível grave. Maiores prevalências de Insegurança Alimentar foram encontradas entre gestantes mais jovens (≤ 19 anos), que residiam em domicílios chefiados por mulheres, onde a pessoa de maior renda da família apresentava baixa escolaridade (0–4 anos), que recebiam benefício do Programa Bolsa Família, que não trabalhavam de forma remunerada, que não viviam com companheiro, com quatro ou mais indivíduos morando no mesmo domicílio e que tinham pelo menos um indivíduo menor de 18 anos no domicílio. A prevalência de Insegurança Alimentar encontrada em domicílios com gestantes no município de Pelotas foi elevada, considerando a enorme vulnerabilidade correspondente a este grupo populacional, estando associada a todas as variáveis socioeconômicas e demográficas aqui estudadas. Os resultados obtidos no presente estudo permitem o melhor planejamento e o aprimoramento de políticas públicas de alimentação e nutrição.