Soberania alimentar e solidariedade: ações dos movimentos populares em tempos de pandemia a partir da campanha "Periferia Viva" / 2020-2022
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Politica Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/968 |
Resumo: | A escrita dessa dissertação é resultado da síntese da experiência da campanha Periferia Viva enquanto estratégia política dos movimentos populares, frente à grave crise econômica e política agravada no contexto da pandemia covid-19. Têm como centralidade o tema da solidariedade ativa, empreendida na ótica das organizações sociais no combate às mazelas sociais, reconhecendo a fome como um projeto político do capitalismo e atuando na defesa da Soberania Alimentar como um projeto oposto ao hegemônico. A campanha consiste em ser um espaço de articulação de forças organizativas e políticas do campo popular na constituição de eixos de atuação e organização de ações conjuntas em resposta ao contexto político, econômico e social brasileiro de intensas contradições e lutas sociais. Nosso interesse foi investigar como a experiência da Campanha Periferia Viva articulou forças sociais do campo e da cidade para a criação de um novo sentido político de solidariedade. Metodologicamente, a pesquisa foi desenvolvida a partir da Pesquisa-Ação, que, por sua vez, está circunscrita na práxis teóricopolítica da Educação Popular na América Latina. Os procedimentos do exercício da pesquisa passam por leitura e análise dos documentos (circulares e cartilhas) produzidos pela campanha, do acompanhamento das ferramentas comunicativas e dos posicionamentos nas redes sociais da campanha, e por entrevistas semiestruturadas feitas com militantes envolvidos na concepção e execução desta ação: camponeses organizados em movimentos sociais que produziram os alimentos e partilharam o fruto de seu trabalho, e com moradores/as das periferias que foram contemplados na Campanha Periferia Viva. Para tal, fizemos um recorte espacial para o município de Pelotas/RS, com delimitação temporal nos anos de 2020 e 2021. Desta forma, teoricamente as principais categorias teóricas foram: Soberania Alimentar e Segurança Alimentar e Nutricional; Movimentos Sociais e Solidariedade. Para além da relação direta com o alimento, a campanha produziu distintas experiências em diferentes localidades, que culminaram na convergência de espaços de organização popular na luta por direitos respaldados pelo horizonte de um projeto político. Delimitou-se a análise em três eixos de sínteses dos processos vivenciados, considerando todos seus avanços e limites, a campanha atuou na formação de uma política de solidariedade, na concepção de trabalho de base e na batalha de ideias em um conjunto de ações que sinalizam a necessidade da construção de um outro projeto de sociedade, mais justo, mais igualitário, mais humano e mais soberano. |