Hábitos de higiene bucal e grau de satisfação coma condição atual entre estudantes de uma instituição federal de ensino superior do sul do Brasil
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/862 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi avaliar os hábitos de higiene bucal e o grau de satisfação com a condição odontológica atual entre estudantes de graduação do ensino superior do Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas e sua associação com fatores sociodemográficos. Para isto foi realizado um estudo transversal, onde 668 estudantes com 18 anos ou mais, matriculados no primeiro semestre de 2019, responderam um questionário autoaplicável sobre saúde bucal através de uma pesquisa online. Para tanto foi utilizado um questionário com perguntas sobre hábitos de higiene bucal, grau de satisfação com a condição bucal atual e dados sociodemográficos. A associação dos dados sociodemográficos com os desfechos foi obtida através do teste chi-quadrado e descritas as razões de prevalência. Dos 668 estudantes participantes, foi observado que 96,5% escovaram seus dentes duas vezes ou mais ao dia, no entanto apenas 22,2% fizeram uso diário do fio dental. A maioria dos estudantes (61,8%) estava satisfeita com a condição odontológica atual. As características sociodemográficas da amostra apresentaram uma maior prevalência do sexo masculino (55,2%), da cor branca (82,3%), com idade entre 18-28 anos (75,6%), sem companheiro (83,9%) e com renda mensal de até 2 salários mínimos (52,5%). Foi observada uma associação entre o uso diário do fio dental com a idade onde os participantes com 29 anos ou mais usaram mais o fio dental diariamente que as faixas etárias mais jovens. Foi obervado também uma associação significativa entre o grau de satisfação com a saúde bucal atual e a cor da pele, bem como com a renda familiar mensal, os estudantes não brancos e que ganham até dois salários mínimos estão menos satisfeitos com a sua condição odontológica atual. As maiores dificuldades/interferências relatadas foram em relação a dificuldade de limpar os dentes (13,9%) e para sorrir, dar risada e mostrar os dentes sem ficar envergonhado (13,2%). Grande parte dos estudantes (71,6%) visitou o dentista no último ano, sendo que 52,1% procurou o dentista particular e apenas 7,2% procurou atendimento na escola. O principal motivo para a última consulta foi revisão ou controle (53%). Nossos achados revelaram que o uso diário do fio dental precisa ser mais orientado e divulgado principalmente nas faixas etárias mais jovens, que constituem a maioria da amostra . A maior parte dos estudantes está satisfeita com a sua condição bucal, no entanto ter renda mais baixa e cor da pele não branca foi relacionada com os insatisfeitos. A escola foi relatada por uma minoria como o local onde procura o dentista, deste modo torna-se necessário a implementação de ações em saúde já que a escola é um local privilegiado para a construção de políticas públicas para a prevenção e promoção de saúde. |