Trauma na infância e resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Caruccio, Henrique Seus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/583
Resumo: Desde muito tempo, a psicanálise traz a ideia de que existe um “filtro” em nossas mentes, e que a capacidade deste varia de pessoa para pessoa. Nesse contexto, eventos determinantes, podendo ser denominados estressores, podem alterar a eficiência deste filtro. A partir disso, a resiliência pode ser entendida como a capacidade de passar por eventos adversos e mesmo assim manter-se bem, adaptando-se positivamente – “continuar filtrando de modo eficaz”. Ainda na psicanálise, falando agora de trauma, este pode ser entendido como um choque violento que pode romper a barreira protetora do ego, podendo acarretar perturbações duradouras sobre a organização mental do indivíduo. Estima-se que se um trauma ocorre na infância é possível que hajam grandes prejuízos psíquicos ao indivíduo, frente a tamanha desordem causada pelo evento negativo. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre trauma na infância e a resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescência cujos filhos estavam com idades entre 24 e 36 meses. Essas mães foram advindas de um ensaio clínico randomizado que avaliou uma intervenção psicológica para prevenção da depressão gestacional e do pós-parto. O estudo transformou-se em uma coorte, e na fase quando as crianças estavam entre a faixa etária supracitada foi realizada uma avaliação multiprofissional, dando origem ao presente trabalho. As mães responderam a um questionário que continha questões sobre aspectos sociodemográficos, um instrumento que avaliou os traumas na infância em cinco domínios (abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, negligência física e negligência emocional) denominado The Childhood Trauma Questionnaire “CTQ” e ainda uma escala que mede a resiliência, proposta por Wagnild & Young. Como resultado, foi escrita esta dissertação e dela surgiu um artigo a ser publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria. Foram avaliadas 539 díades “mãe-criança” sendo verificado que as mães com menores escores de resiliência são aquelas que sofreram mais traumas na infância, principalmente aqueles de origem emocional.