Relação entre saúde mental materna e transtornos mentais em pré-escolares
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/923 |
Resumo: | Introdução: Estimativas apontam que 1 entre 4 crianças no mundo sofre algum transtorno mental e cerca de 10 a 25% das crianças apresentam problemas emocionais ou comportamentais. Tais problemas, assim como problemas de conduta, hiperatividade e de relacionamento estão entre os mais prevalentes na infância. Sabe-se, ainda, que mães de pré escolares apresentam uma alta prevalência de transtornos mentais e a depressão encontra-se entre os transtornos mentais maternos mais prevalentes. A presença de transtornos mentais na mãe pode refletir de forma negativa em vários aspectos do desenvolvimento infantil de acordo com a duração e a severidade dos sintomas. Objetivos: Avaliar o impacto da depressão materna no desenvolvimento de problemas mentais nos filhos com idades entre 4 e 5 anos; e verificar a relação entre transtornos mentais maternos, no período puerperal e atual, e comportamento agressivo e transtorno desafiador opositivo, em pré-escolares. Método: Estudo transversal com crianças entre 4 e 5 anos e suas mães; aninhado a uma coorte de gestantes adolescentes que teve início no ano de 2008. Os instrumentos utilizados foram: Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI Plus), Strenghs and Difficulties Questionnaire (SDQ) e Child Behavior Checklist (CBCL). Resultados: O primeiro artigo, na análise multivariada, mostrou que filhos de mães com depressão crônica tiveram 6,7 (IC 95% 2,3; 19,5) vezes mais chance de apresentar hiperatividade; 2,4 (IC 95% 1,1; 5,6) problemas de conduta; 3,4 (IC 95% 1,4; 8,1) hiperatividade e 4,5 (IC 95% 1,4; 14,6) problemas de relacionamento com pares, comparados àqueles cujas mães não tiveram depressão em nenhum momento. Já no segundo artigo, a prevalência de comportamento agressivo foi 30% e transtorno desafiador opositivo foi 30,5%, ambos sendo mais prevalentes em filhos de mães com transtornos mentais atuais, que não se sentiram apoiadas na gestação, que sofreram maus tratos na gestação e que não viviam com o pai da criança. Conclusão: Mães com transtornos mentais atuais apresentam maior relação com o desenvolvimento de transtornos mentais em seus filhos, especialmente os externalizantes; e quanto maior o tempo de exposição à depressão materna, maior a probabilidade da criança apresentarproblemas emocionais, de conduta, hiperatividade e de relacionamento. |