O PROCESSO DE SÂNDI EXTERNO NA AQUISIÇÃO DA FONOLOGIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO UMA ABORDAGEM COM BASE NA TEORIA DA OTIMIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Kickhöfel, Juliana Radatz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Letras
BR
Ucpel
Mestrado em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/416
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo investigar a aquisição do processo de sândi externo como parte do desenvolvimento fonológico em crianças falantes nativas do Português Brasileiro (PB). Após a retomada dos estudos já realizados sobre o processo de sândi externo, o trabalho propõe, com fundamentos na Teoria da Otimidade, particularmente a partir da proposta de Bisol (2003), uma análise do processo do sândi externo na aquisição, bem como das estratégias de evitação desse processo na aquisição da fonologia do PB. O corpus foi constituído por dados de quatro crianças falantes nativas do PB, com desenvolvimento fonológico normal, com idade de 2:0 a 3:0 (anos: meses), acompanhadas longitudinalmente. Os resultados apontaram que, com a mesma hierarquia de restrições, foi possível mostrar a aplicação, pelas crianças, dos três processos de sândi Degeminação, Elisão e Ditongação , tomando por base a mesma hierarquia proposta por Bisol (2003); com essa hierarquia, os processos de Elisão e Ditongação podem estar em variação. Em se tratando de aquisição, as crianças aplicaram duas estratégias de evitação do processo de sândi externo: a pausa entre palavras e o apagamento da V2 em lugar do apagamento da V1, na seqüência de vogais que constitui contexto para os processos de sândi externo; essa última estratégia também manifestou-se como caracterizadora do processo de Elisão no período de aquisição da fonologia, em contraposição ao que ocorre no padrão adulto do uso do PB. No presente trabalho, para a explicitação dessas estratégias, seguindo Bisol (2003), utilizamos restrições conjuntas. Também discutimos o não emprego do processo de sândi externo, na aquisição da fonologia, por bloqueio do sistema do PB, isto é, pela presença de acento primário na segunda vogal da seqüência VV e de choque de acento. O estudo aqui realizado traz evidências de que as crianças, desde cedo, aplicam as operações fonológicas identificadas como processos de sândi externo, embora também apresentem estratégias para evitar a sua realização. O trabalho mostrou, seguindo a proposta de Bisol (2003), que a OT se revelou modelo teórico pertinente para a análise dos dados estudados