A (re)produção do anticiganismo na cidade e a comunidade cigana do bairro Fragata em Pelotas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barbosa, Pablo Rodrigo de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Politica Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/940
Resumo: A presente dissertação analisa a relação da negação do direito a cidade com os estigmas postos nas comunidades ciganas que acabam por produzir o anticiganismo. E de que forma esse anticiganismo afeta diretamente a vida de uma comunidade cigana do bairro Fragata, na cidade de Pelotas-RS. A cidade tem sido produzida através de uma lógica onde cada espaço da cidade é vista como capital, essa lógica cria uma cidade segregada, onde o objetivo é uma cidade “ideal”, uma “cidade-imagem”. Essa cidade-imagem cobra que os citadinos vivam de um modo padrão, ou seja, o trabalhar, dormir, comer, viver são feitos à luz dessa cidade-imagem, isso acaba por criar um subjetivo da cidade, onde as pessoas que não se encaixam nesse modus operandi acabam por ser estigmatizadas. Desde a primeira aparição dos ciganos a Europa os mesmos são perseguidos, sofrem violências, assassinatos, além de prisões sem motivo aparente, isso tudo por serem diferentes. No Brasil aconteceu o mesmo, foram estigmatizados de ladrões, vagabundos, roubadores, acabaram por ser expulsos de várias cidades do país. O estigma, essa marca que os ciganos carregam por não viverem do mesmo modo, acaba por produzir o anticiganismo, que tem relação direta com o subjetivo criado pela cidade-imagem. O orgulho que eles possuem de ser ciganos acaba por ser negado a eles quando precisam mentir que não são ciganos para não afetar seu trabalho. Desta forma o objetivo dessa dissertação é problematizar toda essa relação entre cidade e anticiganismo e como isso afetava a vida desses ciganos do bairro Fragata. Os resultados, obtidos através da pesquisa teórica e de campo, evidenciaram sobretudo, a influência da cidade-imagem na produção de anticiganismo, que tem afetado a vida particular de cada cigano, o que tem feito os ciganos terem medo da cultura cigana se esvair com o passar do tempo.