Impacto do transtorno de ansiedade generalizada materno nos problemas de saúde mental infantil dos filhos em fase pré-escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MELLO, Daniele Behling de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/922
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do curso do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) materno nos problemas de saúde mental infantil de pré-escolares em uma cidade no sul do Brasil. Trata-se de uma amostra oriunda de uma coorte de gestantes adolescentes que avaliou a saúde mental materna e problemas de saúde mental infantil em três momentos (pré-parto, pós-parto e 4-5 anos da criança). Para avaliar os problemas de saúde mental infantil foi utilizado o Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), e a Mini International Neuropsychiatric Interview Plus (MINI PLUS) foi utilizada para investigar o TAG materno em todas as etapas do estudo. Além disso, também foi utilizado um questionário com questões sociodemográficas, relacionadas ao período gestacional, informações maternas e de nascimento da criança. Quanto a análise dos dados, uma abordagem estruturada foi utilizada para definir qual curso do TAG melhor explicou o desfecho. Após definição do modelo de melhor ajuste, foi realizada uma regressão logística multivariada para avaliar o efeito do TAG nos problemas de saúde mental infantil. O projeto ao qual este estudo está vinculado foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Pelotas sob os números de protocolo 2007/95 e 194/2011. Os resultados mostraram que filhos de mulheres que apresentaram TAG em algum dos momentos avaliados apresentaram mais chances de manifestar problemas de relacionamento com pares e problemas totais de saúde mental infantil do que filhos de mulheres sem TAG em nenhum momento. Além disso, mais especificamente, filhos de mães que tiveram uma mudança de diagnóstico de TAG do pós-parto para a idade pré-escolar apresentaram mais chances de problemas de conduta e de hiperatividade quando comparados a filhos de mulheres que não tiveram essa mudança. Esses resultados servirão de auxílio para a elaboração de protocolos de intervenção, com foco direcionado na prevenção e promoção à saúde mental entre as díades.