Descolonizando a “Cidade Armário”: as filhas da Chiquita e o direito de existir.
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Politica Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1022 |
Resumo: | Esta tese investigou as relações de poder e a necropolítca como estratégias de morte que excluem os corpos que não seguem a cisheteronormatividade, notadamente, no campo do direito à cidade e tendo como pano de fundo para tal discussão a Festa da Chiquita enquanto manifestação cultural na cidade de Belém do Pará. Com base nos conceitos de Achille Mbembe, explorou como a noção de verdade molda discursos e constrói papéis sociais e interpretações acerca do corpo e sexualidade desde a colonização, perpetuando imagens moralizantes sobre corpos LGBTQIAPN+, especialmente, os transexuais e travestis. O Estado-nação atua como aquele que legitima essas violações, adotando uma política de inimizade que marginaliza corpos que desafiam normas brancas, patriarcais e sexistas. O estudo identificou um poder que transcende a necropolítica, especialmente em territórios coloniais como o Brasil, refletindo uma transcolonialidade do poder. Nesse sentindo, a tese denuncia a transfobia e dá dizibilidade às experiências desses corpos, buscando torná-los audíveis. Argumenta-se que tais violações não são apenas questões subjetivas, mas demandam uma luta coletiva, onde a administração pública e todos os cidadãos de Belém do Pará assumem a responsabilidade de transformar a cidade em um espaço inclusivo, permitindo processos emancipatórios e de respeito à diversidade para garantir a vida de todes, todas e todos. |