Sintomas depressivos e gênero: observando as diferenças em amostras clínica e não clínica de adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Molina, Mariane Ricardo Acosta Lopez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/468
Resumo: Introdução: A adolescência e a vida adulta jovem caracterizam-se por mudanças físicas, sociais e psíquicas. O que torna esta fase mais propensa ao desenvolvimento de transtornos psicopatológicos dentre eles a depressão. Objetivo: Esta tese tem por objetivo avaliar a sintomatologia depressiva entre homens e mulheres em dois tipos de amostras: populacional e clínica, assim como, verificar o impacto do sexo do paciente no resultado de psicoterapias cognitivas breves. Método: Trata-se de dois estudos com adultos jovens, um transversal de base populacional (18-24 anos) e um ensaio clínico randomizado (18-29 anos). No estudo transversal o Transtorno Depressivo Maior (TDM) foi avaliado através da Mini Internacional Neuropsychiatric Interview (MINI), enquanto que os sintomas depressivos através do Inventário de Depressão de Beck (BDI). No ensaio clínico o diagnóstico do TDM foi realizado através da Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-CV) e a sintomatologia depressiva foi avaliada através Hamilton Depression Scale (HAM-D). Os participantes foram randomizados entre duas intervenções breves de 7 sessões: Psicoterapia Cognitivo Comportamental (PCC) e Psicoterapia Cognitiva Narrativa (PCN). A HAM-D foi aplicada após dois modelos breves de psicoterapia cognitiva (7 sessões). Resultados: Na amostra populacional, a proporção de mulheres (12,2%) com TDM foi maior do que em homens (5,3%). Os sintomas de depressão significativamente mais prevalentes em mulheres foram: tristeza, choro, dificuldade para tomar decisões e falta de energia, bem como, a auto-crítica, irritabilidade, alterações da auto-imagem, dificuldade de trabalho e perda de interesse em sexo. Tristeza e autocrítica foram significativamente mais severos em mulheres. Diferença de proporção semelhante foi observada na amostra clínica, com uma maior proporção de mulheres com depressão (n=95) quando comparadas aos homens (n=25). Dentre os 21 sintomas avaliados, apenas dois foram significativamente diferentes entre os gêneros: sintomas genitais (p=0,024) e de consciência (p=0,018). Quanto à remissão de sintomas de acordo com o modelo psicoterapêutico, a PCN parece ser mais eficaz entre as mulheres. 8 Conclusão: Em ambas as investigações foi possível observar que em adultos jovens, o transtorno depressivo maior é mais prevalente entre as mulheres com maior manifestação da sintomatologia depressiva e mais intensa em relação a sintomas específicos. A diferença nos resultados do tratamento apresentada na amostra estudada ficou restrita a uma menor redução dos sintomas depressivos entre homens que realizaram a PCN.