Hipotireoidismo subclínico se associa à osteoporose femoral, mas não à osteoporose vertebral, em indivíduos com 50 anos ou mais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Stephanus, Andrea Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Brasília
Escola de Saúde e Medicina
Brasil
UCB
Programa Stricto Sensu em Gerontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/handle/tede/3372
Resumo: Disfunção tireoidiana e osteoporose são condições fortemente associadas ao envelhecimento, e ambas as prevalências aumentarão nas próximas décadas. Os hormônios tireoidianos regulam o metabolismo ósseo e o papel do hipotireoidismo subclínico na densidade mineral óssea (DMO) permanece controverso. Esse estudo tem como objetivo avaliar a associação dos níveis de hormônio tireoestimulante (TSH) com a DMO femoral e vertebral em indivíduos sem disfunção tireoidiana clínica com 50 anos ou mais. Métodos. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que selecionou 864 participantes com pelo menos um resultado para níveis plasmáticos de TSH anterior ao primeiro registro de absorciometria dupla de raios-X (DEXA). Modelos multivariados de regressão logística ordinal avaliaram a associação de tercis crescentes dos níveis de TSH com tercis decrescentes da DMO do colo do fêmur e da coluna lombar. A regressão de risco proporcional de Cox avaliou a associação entre hipotireoidismo subclínico (TSH 4,5 mUI/L) e osteopenia (-1,0 desvio padrão (DP) <- 2,5DP) ou osteoporose (T-score -2,5DP). O ajuste para níveis plasmáticos de tiroxina livre (lT4), triiodotironina livre (lT3), drogas moduladoras da DMO e probabilidade de fratura osteoporótica maior em 10 anos (FRAX) foi realizado devido a se apresentarem como potenciais variáveis confundidoras. Razões de chances (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%) foram calculados para modelos não ajustados e totalmente ajustados. Resultados. Tercis dos níveis plasmáticos de TSH foram inversa e independentemente associados aos tercis de DMO femoral no modelo totalmente ajustado [OR: 1,473(1,025-2,115); p=0,036], mas não aos tercis de DMO vertebral [OR: 1,112(0,412-3,001); p=0,834]. Além disso, o hipotireoidismo subclínico foi fortemente associado à osteoporose femoral, mas não à osteoporose vertebral, em todos os modelos de regressão. Não houve associação com osteopenia. Conclusão. Tercis crescentes de níveis plasmáticos de TSH se associaram com tercis decrescentes de DMO femoral, enquanto o hipotireoidismo subclínico foi independentemente associado à osteoporose femoral, mas não vertebral, ao longo de quatro anos de seguimento clínico.