Percepção dos vínculos e relacionamento entre netos adultos e seus avós

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Gilzacarla Alcântara dos Santos lattes
Orientador(a): Dias, Cristina Maria de Souza Brito lattes
Banca de defesa: Amazonas, Maria Cristina Lopes de Almeida lattes, Maia, Eulália Maria Chaves lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Psicologia Clínica
Departamento: Psicologia Clínica
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/863
Resumo: Sabe-se que a longevidade humana tem propiciado o aprofundamento e a intensidade do contato entre as gerações. Em nenhuma outra época, as gerações de uma mesma família puderam conviver juntas por tanto tempo como na atualidade. Importa realizar investigações acerca da influência exercida pelos avós na vida dos netos, pois a literatura pouco tem se detido nessa fase do ciclo vital. A presente pesquisa, de natureza qualitativa, objetivou investigar a percepção dos vínculos e relacionamento entre netos adultos e seus avós, sendo eles de vinculação paterna ou materna, buscando analisar como se deu este relacionamento ao longo do tempo, influências, frequência de contato e dificuldades encontradas. Os dados coletados resultaram de entrevistas semidirigidas com 14 netos adultos, sendo 6 participantes do sexo masculino e 8 participantes do sexo feminino. As variáveis sociodemográficas caracterizaram os entrevistados como sendo casados, com escolaridade superior, ou superior incompleto, de classe média e tendo entre 21 e 40 anos. As entrevistas foram analisadas de acordo com a técnica da análise de Conteúdo Temática. Os resultados evidenciaram que: 1) os netos à unanimidade, disseram que os avós foram e continuam sendo pessoas muito significativas em sua vida; 2) os avós influenciaram os netos em vários aspectos de sua vida (profissional, religioso, moral, emocional e psicossocial); 3) o relacionamento, em geral, foi percebido como muito bom, a depender da participação e do incentivo da geração dos pais; 4) os participantes realizaram e ainda realizam várias atividades com os avós, sendo o contato entre essas gerações bastante frequente; 5) as dificuldades no relacionamento com os avós estão relacionadas a conflitos existentes entre avós e pais, distância geográfica e envolvimento dos netos no seu próprio processo desenvolvimental; 6) as características mais marcantes transmitidas pelos avós ligam-se a traços de personalidade, momentos de lazer e cuidado, troca de experiência. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir com a literatura sobre relacionamento intergeracional e que ofereça subsídios aos profissionais que se dedicam à temática do envelhecimento e da família.