Ser avó para estragar ou para educar ? Um estudo com grupos de avós que cuidam de netos
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15037 |
Resumo: | O presente estudo aborda pesquisa realizada com avós que cuidam de netos. O objetivo principal foi entender as considerações dos avós quando lhes são atribuídas a tarefa de cuidar dos netos cujos pais trabalham fora. Para a investigação foi utilizado o procedimento metodológico de grupos focais, precedido de levantamento bibliográfico sobre a temática. O conteúdo teórico explora temas relacionados às mudanças na família contemporânea, às influências das relações intergeracionais e o comportamento dos avós nos dias atuais e em sociedades ocidentais. Nessa temática, a discussão sobre o pensamento de alguns autores sustentou as reflexões alcançadas a partir dos resultados obtidos dos encontros dos grupos focais. Foram realizados dois grupos focais com avós que cuidam de netos nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. Nos quatro encontros realizados, as avós participantes relataram e debateram temas e situações relacionadas às suas vivências com os netos, trocando experiências e impressões. Os dados obtidos foram tratados por meio da análise de conteúdo e apresentados em categorias elaboradas a partir do referencial teórico estudado. Os resultados alcançados sugerem dificuldades das avós em lidar com a atribuição de cuidar dos netos. Ao final dos encontros, as próprias participantes chegaram à conclusão de que cada uma deve encontrar a melhor forma de ser avó na contemporaneidade, conciliando desenvolvimento pessoal e bom relacionamento familiar. Observaram-se nos grupos as dificuldades das avós ao tratar essa temática nas relações sociais. Evidenciou-se que em países como o Brasil não há políticas públicas suficientes para conduzir as transformações contemporâneas no grupo familiar. Destacou-se também que o oferecimento de grupo focal às avós que cuidam de netos permitiu, além da coleta de dados, a possibilidade da técnica ser um recurso disponível às avós. Ficou evidente que essa técnica auxiliou as participantes a expressarem suas opiniões e promoveu a autoreflexão entre elas. Por fim, o estudo indica a necessidade de se oferecer às avós que cuidam de netos, por meio de políticas públicas ou ações sociais, condições para que possam exercer uma interação com os netos de forma mais lúdica, pautada em valores que as próprias avós consideram primordial na relação com as crianças. |