Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Paschoalino, Roselene Aparecida |
Orientador(a): |
Martins Filho, João Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Carlos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPGCSo
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufscar.br/handle/20.500.14289/1436
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Resumo: |
No Brasil dos anos noventa, não é raro encontrar uma aparente aproximação de pontos de vista de membros de partidos de esquerda, por um lado, e chefes militares por outro, quando se trata da necessidade de fortalecer a soberania nacional e de defender a Amazônia. Com efeito, é às vezes difícil distinguir o discurso da esquerda do discurso militar sobre a defesa nacional. Repetidas vezes a esquerda brasileira tem saído em apoio das reivindicações militares e, por sua vez, os militares reconhecem o apoio dos parlamentares de esquerda, conferem-lhes condecorações militares e até mesmo defendem, como vimos recentemente, o nome de um desses parlamentares para o Ministério da Defesa, como foi o caso do deputado federal pelo PC do B SP, Aldo Rebelo, afinal escolhido para líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados. Tal aproximação, só parece possível no quadro das transformações ocorridas a partir do final dos anos oitenta: o avanço da globalização, o colapso do socialismo, o fim da União Soviética e da ameaça comunista e o surgimento dos Estados Unidos como única superpotência. No entanto, essa possível convergência entre esquerda e Forças Armadas, mesmo que nas questões de defesa nacional e preservação da soberania, é tema bastante polêmico, por se tratar de dois atores que, no passado recente, chegaram ao confronto armado. Isto fica claro especificamente no episódio da Guerrilha do Araguaia (1972 1975). Contudo, na atualidade é interessante destacar a preocupação de ambos esses atores com o papel que os Estados Unidos estariam tentando impor às Forças Armadas, de países como o Brasil, procurando transformá-las em Guardas Nacionais ou em simples milícias. Dessa forma, é na oposição aos Estados Unidos como única potência mundial e na defesa da soberania nacional que se dá a aproximação entre esquerda e Forças Armadas nos ... |