Rasgando o véu: conservadorismo e antifeminismo em Sorocaba
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Carlos
Câmpus Sorocaba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGEd-So
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufscar.br/handle/20.500.14289/15033 |
Resumo: | Os antifeminismos podem ser entendidos como oposição aos feminismos e estão relacionados ao conservadorismo, ao fundamentalismo religioso e a crescente expressão eleitoral dos partidos de nova direita no cenário mundial. A presente pesquisa lança mão da análise de conteúdo como método e tem como objetivo principal investigar as articulações dos antifeminismos e o modo com que atores antifeministas se utilizam de estratégias discursivas de modo a invalidar conquistas e ampliação de direitos relacionados às lutas feministas. São utilizadas publicações de páginas em redes sociais relacionadas à nova direita em Sorocaba, no período de 2018 a 2021, considerando que este período é importante na história da construção de uma direita repaginada e da consequente articulação do antifeminismo no Brasil. São levados em consideração as imagens, vídeos e comentários dos perfis afiliados às páginas, tendo em vista as particularidades éticas da pesquisa na Internet. O uso crescente da internet como forma de disseminação do ideário conservador torna importante estudar os cenários virtuais e entender a articulação dos atores dos antifeminismo neste meio. As categorias obtidas na análise categorial de conteúdo foram: a crítica à “ideologia de gênero”, o pânico moral e a tematização da pedofilia e do aborto, a suposta “vagabundagem” de pessoas do campo progressista, a presumida associação de pessoas progressistas com “sujeira”, a ligação de feministas com falta de cuidados estéticos, a conexão de pessoas progressistas com loucura e/ou uso de drogas e a crítica das novas masculinidades. A pesquisa evidenciou o discurso associado a valores religiosos, à dominação masculina e à heterocisnormatividade como atrelado à busca de representatividade eleitoral. Foram reiteradamente utilizadas as estratégia de zombaria e da psicopatologização de modo a falsear discursos feministas e conquistas de direitos relacionados à pautas progressistas. |