Rasgando o véu: conservadorismo e antifeminismo em Sorocaba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Garcia, Priscila Dantas da Costa
Orientador(a): Garcia, Marcos Roberto Vieira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Carlos
Câmpus Sorocaba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGEd-So
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufscar.br/handle/20.500.14289/15033
Resumo: Os antifeminismos podem ser entendidos como oposição aos feminismos e estão relacionados ao conservadorismo, ao fundamentalismo religioso e a crescente expressão eleitoral dos partidos de nova direita no cenário mundial. A presente pesquisa lança mão da análise de conteúdo como método e tem como objetivo principal investigar as articulações dos antifeminismos e o modo com que atores antifeministas se utilizam de estratégias discursivas de modo a invalidar conquistas e ampliação de direitos relacionados às lutas feministas. São utilizadas publicações de páginas em redes sociais relacionadas à nova direita em Sorocaba, no período de 2018 a 2021, considerando que este período é importante na história da construção de uma direita repaginada e da consequente articulação do antifeminismo no Brasil. São levados em consideração as imagens, vídeos e comentários dos perfis afiliados às páginas, tendo em vista as particularidades éticas da pesquisa na Internet. O uso crescente da internet como forma de disseminação do ideário conservador torna importante estudar os cenários virtuais e entender a articulação dos atores dos antifeminismo neste meio. As categorias obtidas na análise categorial de conteúdo foram: a crítica à “ideologia de gênero”, o pânico moral e a tematização da pedofilia e do aborto, a suposta “vagabundagem” de pessoas do campo progressista, a presumida associação de pessoas progressistas com “sujeira”, a ligação de feministas com falta de cuidados estéticos, a conexão de pessoas progressistas com loucura e/ou uso de drogas e a crítica das novas masculinidades. A pesquisa evidenciou o discurso associado a valores religiosos, à dominação masculina e à heterocisnormatividade como atrelado à busca de representatividade eleitoral. Foram reiteradamente utilizadas as estratégia de zombaria e da psicopatologização de modo a falsear discursos feministas e conquistas de direitos relacionados à pautas progressistas.