Diálogos no signo América Latina: da Lingüística à Filosofia Política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Fabrício César de
Orientador(a): Miotello, Valdemir lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Carlos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística - PPGL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufscar.br/handle/20.500.14289/5652
Resumo: Vivemos um tempo propício para pensarmos o signo América Latina . Fazê-lo dialogar com teorias da filosofia política, da política da globalização e da filosofia da linguagem ajuda a pensar os movimentos e os litígios recorrentes no signo na atualidade política. Rancière (1996 e 1999), Bakhtin (1929 e 1979) e Hardt & Negri (2004) dialogam em suas teorias sobre a estreita relação do signo com a materialidade sócio-histórica e ideológica, apontando respectivamente como Dissenso, Ação Lingüística e Signo Ideológico os acontecimentos discursivos de uma América Latina diversa, múltipla em busca de sua alteridade. A alteridade na América Latina surge como geratriz das relações. Não se pode mais pensar o signo América Latina como lugar fechado em uma categoria de identidade, mas deve ser pensado pela dialogia da alteridade (Ponzio, 1998). Entendo o signo no nível do discurso como a materialização lingüística dos litígios da realidade. A realidade atual da América Latina se apresenta dissensual e multicolorida, rompendo com a história linear pós-colombiana anterior às teorias de Ponzio, Bakhtin, Rancière, Hardt & Negri. As vozes de resistência outrora ocultadas pela força da constituição das cidades das letras (Rama, 1984), agora forçam o diálogo com a escrita e o poder. Antes a história latino americana aparecia pelas mãos dos letrados, hoje, nos tempos de mídia se espalha no cotidiano, está menos hegemônica e dependente. As relações de poder espraiam o próprio poder e a América Latina vem se destacando nesse tempo propício de interdependências e economia globalizada. Os discursos circulantes na Folha de São Paulo e na agência Carta Maior nos anos de 2005 e 2006, que enunciaram o signo América Latina formam um segundo corpus analisado, já que o primeiro se faz do diálogo conceitual entre as teorias de Bakhtin, Rancière e Hardt & Negri. Nesses dois corpora busquei a heterogeneidade discursiva e as aparições dissensuais que movem o materialismo histórico de forma dialógica; e transformam o signo em uma arena de luta de classes.