Professores de língua portuguesa e matemática: representações sociais sobre a docência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Marli dos Reis dos lattes
Orientador(a): Abdalla, Maria de Fátima Barbosa lattes
Banca de defesa: Abdalla, Maria de Fátima Barbosa, Placco, Vera Maria Nigro de Souza, Ens, Romilda Teodora, Rosito, Margaréte May Berkenbrock, Pinto, Alexandre Saul
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Educação
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/6583
Resumo: Este trabalho desenvolve-se a partir do Projeto maior intitulado ¿O Professor do Ensino Fundamental II: políticas, práticas e representações¿, e tem como objetivos analisar e compreender as representações sobre a docência dos Professores de Língua Portuguesa e Matemática, que atuam anos finais do Ensino Fundamental da rede pública da região da Metropolitana da Baixada Santista (RMBS). Nesta perspectiva fundamenta-se na Teoria das Representações Sociais (TRS) (MOSCOVICI, 1978, 2003, 2012), complementada pela Teoria do Núcleo Central (ABRIC, 1996, 1998, 2001), introduzindo uma breve reflexão sobre o conceito de identidade, discutido por Dubar (1998, 2005, 2006), Hall (2000), Placco e Souza (2010, 2011), entre outros. O estudo assume uma abordagem de pesquisa quali-quantitativa, estruturando-se nas seguintes fases: aplicação de questionário para 157 professores, sendo 90 da disciplina de Língua Portuguesa e 67 de Matemática; entrevistas com 11 professores, incluindo 15 narrativas, que versam sobre sua formação e exercício docente na tentativa de captar o que significa a docência e os motivos que os levaram a escolher essa profissão. A seleção desses professores recaiu por lecionarem disciplinas, que estão na linha ¿de frente¿ das avaliações de larga escala, enfrentando desafios e pressões por resultados satisfatórios nas avaliações, tais como SAEB e SARESP. Depreendeu-se que os sujeitos da pesquisa ancoram o sentido sobre a docência em duas dimensões: pessoal e profissional. A primeira, pessoal, coloca acento na imagem que os sujeitos têm da docência de dentro para fora, carregando o sentido de aprender como um processo contínuo e, em consequência, como uma ação que enriquece a profissão e promove mudanças sociais; a segunda, profissional, seria a imagem que os sujeitos têm do exercício docente, de fora para dentro, trazendo o pensamento deles envolvido na ação de ¿ensinar¿, que se traduz em essencialidade, quando instiga transformação de vidas. Estas dimensões desdobram-se em sete unidades de sentido que se entrelaçam, mapeando a docência como idealizada, instrumento de transformação, vocação, desvalorizada e de um exercício da profissão ligado às vivências significativas e dilemas, de transformação e de afetividade. Os dados empíricos demonstram que os professores, sujeitos da pesquisa, representam e conferem um status à docência de missionária, redentora e transformadora de indivíduos e da sociedade. Assim, os professores produzem, comunicam e compartilham o pensamento de essencialidade à docência a partir da constituição de um saber identitário, que a caracteriza como produtora de sentido no contexto da transformação social.